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Em 20 de novembro de 1984, era fundado o SETI Institute, dedicado à busca por inteligência extraterrestre.

O SETI Institute (Search for Extraterrestrial Intelligence Institute) é uma organização de pesquisa científica sem fins lucrativos, fundada 20 de novembro de 1984, que tem por principal objetivo o de explorar, entender e explicar a origem, a natureza e a prevalência da vida no universo, com foco especial na busca por inteligência extraterrestre.

Para tanto, a instituição desenvolve pesquisas nas áreas de astronomia, astrobiologia e no desenvolvimento de tecnologias para análise de sinais do espaço.

No ramo da informática, promoveu várias iniciativas computacionais inovadoras que utilizam tecnologia avançada para buscar sinais de vida inteligente no espaço, aplicadas em projetos próprios ou em parcerias com terceiros.

SETI@home

Criado em 17 de maio de 1999, o SETI@home é um dos projetos mais conhecidos do SETI, sendo um dos primeiros exemplos de computação distribuída em nível global.

Ele permitiu que pessoas ao redor do mundo utilizassem a capacidade ociosa de seus computadores pessoais, “emprestando” seu tempo de processamento para analisar dados coletados por radiotelescópios em busca de sinais de vida extraterrestre.

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O software do projeto SETI@home

Para tanto, os dados de rádio coletados eram divididos em pequenos pacotes e enviados para os dispositivos conectados à rede, que analisavam padrões, sinais e possíveis “anomalias” que poderiam sugerir sinais extraterrestres.

O sucesso da iniciativa levaria à criação do projeto BOINC, que estenderia o escopo da solução, permitindo que pessoas de todo o mundo pudessem passar a ajudar na solução de problemas de outros segmentos da pesquisa científica, como o de mudanças climáticas, Biologia e Linguística.

O projeto SETI@home foi suspenso em 2020, mas os dados continuam sendo analisados internamente.

Breakthrough Listen

Lançado em 20 de julho 2015, este projeto nasceu como uma colaboração entre o famoso físico Stephen Hawking e o empresário russo Yuri Milner, com um financiamento de 100 milhões de dólares ao longo de uma década

Utilizando poderosos telescópios para monitorar vastas áreas do espaço e cobrindo uma ampla faixa de frequências, emprega algoritmos avançados de aprendizado de máquina para filtrar ruídos e identificar padrões, utilizando recursos computacionais massivos para processar dados em tempo real.

FAST e Supercomputação

Com o radiotelescópio FAST (Five-hundred-meter Aperture Spherical Telescope), na China, o SETI realiza análises mais detalhadas de sinais de rádio de áreas específicas do espaço. Este telescópio trabalha com supercomputadores para gerenciar a enorme quantidade de dados capturados, ajudando a identificar sinais candidatos.

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O radiotelescópio FAST (Five-hundred-meter Aperture Spherical Telescope)
Análise de Inteligência Artificial e Machine Learning

As iniciativas atuais do SETI incorporam técnicas de inteligência artificial (IA) para reconhecer padrões nos sinais capturados, ajudando a separar sinais terrestres (interferência humana) de possíveis sinais extraterrestres. Essas tecnologias tornam o processo mais eficiente e adaptável.

Analisando grandes conjuntos de dados de rádio e ópticos, esses algoritmos de aprendizado de máquina podem identificar padrões que seriam difíceis de detectar com métodos tradicionais. Recentemente, a IA descobriu oito sinais de interesse que não haviam sido identificados usando os métodos anteriores.

Allen Telescope Array

O Allen Telescope Array (ATA) é um observatório de rádio composto por uma rede de antenas que trabalham em conjunto para detectar e analisar sinais de rádio do espaço, utilizando sistemas de computação especializados para processar os dados.

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O Allen Telescope Array (ATA)

Localizado em Hat Creek, Califórnia, foi desenvolvido por uma parceria entre o SETI Institute e o Radio Astronomy Laboratory da Universidade da Califórnia, Berkeley.

O projeto foi iniciado em 2001, tendo entrado em operação em 11 de outubro de 2007, com financiamento inicial do cofundador da gigante do software Microsoft, Paul Allen, que contribuiu com cerca de 30 milhões de dólares, dando nome ao observatório.

PANOSETI

Este projeto envolve a instalação de telescópios capazes de capturar todo o céu observável no hemisfério norte, cujo objetivo é o de aumentar a área do céu pesquisada, os comprimentos de onda cobertos e o número de sistemas estelares observados.

O projeto final do PANOSETI incluirá uma cúpula geodésica de 80 telescópios, capazes de “ouvir” um terço do céu a cada noite, sendo capaz de identificar sinais com duração a partir de nanosegundos.

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Um dos módulos do sistema PANOSETI
Reanálise de Dados Antigos

O projeto também reexamina dados antigos usando novas tecnologias e algoritmos, permitindo que os pesquisadores identifiquem sinais que possam ter sido perdidos em análises anteriores.

Essas iniciativas mostram como o projeto SETI combina ciência de ponta com a colaboração global para enfrentar o desafio monumental de encontrar evidências de vida inteligente fora da Terra. Ao longo dos anos, a integração de tecnologias como IA, supercomputação e redes distribuídas tem aprimorado significativamente a capacidade de análise e a eficiência das operações.


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Vídeo(s):

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Vídeo institucional
A história do SETI Institute
Seminário online comemorativo dos 40 anos do SETI Institute
Mais em:



*As imagens utilizadas nesta postagem são meramente ilustrativas e foram obtidas da internet.


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