O microcomputador Sinclair ZX Spectrum+ de 1984

Em outubro de 1984, a britânica Sinclair Research lançava seu novo modelo da linha ZX Spectrum, o microcomputador Sinclair ZX Spectrum+.

Chegando para suceder ao modelo original Sinclair ZX Spectrum, o Sinclair ZX Spectrum+ (leia-se “plus”), também desenvolvido pela Sinclair Research, era no geral uma revisão “estético-ergonômica”, abordando especialmente algumas das principais críticas ao modelo original e apresentando alguns incrementos.

Com um desenvolvimento relâmpago iniciado poucos meses antes, em junho de 1984, a primeira e mais relevante das mudanças era o novíssimo teclado, que substituía o criticado modelo de borracha (chiclete), que muitos usuários achavam desconfortável (com razão).

Construído em plástico injetado, o novo teclado em estilo “profissional” teve seu leiaute remodelado, seguindo o novo conceito introduzido pelo Sinclair QL, destacando-se a nova barra de espaço (maior e centralizada) ladeada por novas teclas de cursor, e teclas ENTER e CAPS-SHIFT de dimensão maior. Tudo pensado para agradar aos seus usuários. 😊

Dois suportes dobráveis foram também acrescentados na parte inferior traseira do gabinete (como nos teclados de computador), permitindo regular a altura do computador, colocando-o em uma posição mais favorável à digitação.

As novidades externas se completavam com o novo e tão desejado botão de RESET, acrescentado em sua lateral. Isso porque, até então, para reinicializar a máquina era necessário, ou puxar o conector de força (o que poderia danificar o conector com o tempo), ou desligar a fonte de alimentação.

Internamente, o Sinclair ZX Spectrum+ mantinha a mesma arquitetura do ZX Spectrum original, com um processador Zilog Z-80 a 3,5 MHz de velocidade, memória RAM de 48 KB, memória ROM de 16KB com interpretador de linguagem BASIC integrado, além de conexões externas para expansão, alimentação, gravador K7 e TV.

A mudança no teclado foi vista como uma tentativa de Sinclair de ampliar a base de usuários, incluindo profissionais e educadores, que vinham pedindo há tempos por uma máquina com um teclado mais robusto para digitação. Estas alterações foram bem recebidas pelos consumidores, ajudando a aumentar as vendas do modelo, que representaram quase o dobro do modelo original.

Para que os usuários possuidores do modelo original não se sentissem desamparados pela empresa, a Sinclair comercializaria um “kit de upgrade”, composto de um novo gabinete vazio, no qual poderia ser instalada a placa do modelo antigo.

Apesar do Sinclair ZX Spectrum+ não ter apresentado grandes inovações técnicas, seu redesenho físico, que resultaria na melhoria da ergonomia e da durabilidade do teclado, faria uma grande diferença para muitos dos seus usuários, mostrando que a empresa estava disposta a ouvir e responder às suas necessidades.

Em um segmento cada vez mais competitivo, isso teria sido suficiente para manter a relevância da linha no mercado por mais algum tempo, continuando a história de sucesso da linha.

O Sinclair ZX Spectrum+ acabaria sendo substituído pelo Sinclair ZX Spectrum 128, lançado em 1986, que oferecia mais memória e recursos de áudio aprimorados.

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