O jogo Nintendo Super Mario World de 1990
Em 21 de novembro de 1990, a Nintendo lançava no Japão, juntamente com seu novo console Super Famicom, o lendário Super Mario World, jogo mais vendido de todos os tempos do console.
Criado para ser um dos títulos de lançamento do novo console da Nintendo, o Super Famicom (posteriormente Super Nintendo), o jogo Super Mario World: Super Mario Bros. 4 (como seria chamado no Japão) marcaria a estreia do simpático encanador bigodudo na era dos 16 bits.
Sua produção começaria dois anos antes, em outubro de 1988 (pouco depois do lançamento de Super Mario Bros 3 para o console de 8 bits Famicom/NES), sob a batuta de mentes lendárias da Nintendo, tendo Shigeru Miyamoto (produção), Takashi Tezuka (direção), Toshihiko Nakago (programação) e Koji Kondo (trilha sonora), entre os principais colaboradores.
Surpreendentemente, o jogo foi todo desenvolvido utilizando apenas um protótipo do console e utilizando ferramentas de desenvolvimento de software ainda incompletas, o que exigiria da equipe de programação um enorme esforço e “jogo de cintura”, muito embora o hardware novo fosse muito superior ao anterior, liberando muitas “amarras” e novas possibilidades criativas.
Com o poder de processamento de 16 bits e uma paleta de 32.768 cores, o Super Famicom permitia gráficos mais detalhados e animações muito mais suaves que o antecessor Famicom/NES. Super Mario World se aproveitaria desses novos recursos para criar um vasto e colorido mundo, interligando suas dezenas de fases por meio de um enorme “mapa-múndi” interativo, com rotas “não-lineares” selecionáveis pelos próprios participantes.
A complexidade dos vários mundos de Super Mario World faria com que, pela primeira vez na série principal, os jogadores pudessem salvar o seu progresso dentro do cartucho, estimulando a exploração e a busca pelas 96 saídas existentes (que incluíam fases secretas e caminhos alternativos), espalhadas pelos sete mundos principais.
Outro elemento de extrema importância, e que se tornaria um ícone imediato, foi a introdução do simpático e carismático dinossauro “cavalgável” Yoshi, um desejo antigo de Miyamoto que só pôde ser realizado devido à maior capacidade do ovo hardware. Yoshi traria novas dinâmicas ao jogo, dando a Mario uma “camada extra” de proteção contra inimigos, além de possuir a capacidade de comer inimigos e engolir itens, que, conforme o tipo, lhe conferiam poderes especiais.
O personagem Mario ganharia ainda como novo power-up (que se somaria aos já existentes nas versões anteriores) a “Pena de Capa” (Cape Feather), que faria sua estreia, permitindo que Mario pudesse voar/planar com mais controle do que a Tanooki Suit do título anterior.
A trilha sonora, composta por Koji Kondo, explorava todos os recursos do novo chip de som Sony SPC700, responsável por oferecer 8 canais de áudio independentes e permitir timbres mais realistas. Criados ao longo de um ano e meio de trabalho, os temas musicais de Super Mario World estão entre os mais memoráveis da história dos videogames, com melodias alegres e ritmos que variavam conforme o ambiente, impulsionando o seu clima de aventura, de descoberta e, muitas vezes, de suspense. 😊 Musiquinhas que até hoje devem estar na memória de quem jogou Super Mario World por horas e horas seguidas.
Assim como o outro título lançado no mesmo dia, F-Zero, o jogo também se utilizava do inovador Modo 7 (Mode 7), um recurso gráfico de hardware que permitia o redimensionamento e a rotação de fundos (backgrounds) em tempo real, criando a ilusão de profundidade e 3D, funcionalidade inovadora para a época.
Sucesso tanto de crítica quanto de público, suas estrondosas vendas o tornariam o jogo mais vendido do console de todos os tempos, com mais de 20 milhões de cópias comercializadas ao longo dos anos, número expressivo mesmo considerando o fato de ser um título que acompanhava o console em muitos territórios.
Mesmo após o fim da produção original do Super Famicom, em 25 de setembro de 2003, Super Mario World continuaria sendo relançado em algumas plataformas, como a adaptação de 2001 para o Game Boy Advance, sob o título Super Mario World: Super Mario Advance 2, que manteria o conteúdo original e acrescentaria pequenas melhorias gráficas e sonoras. Posteriormente, o jogo passaria a integrar as bibliotecas virtuais do Wii, Wii U e Nintendo Switch, transferindo seu legado para novas gerações de jogadores.
Lançado no Japão no dia de hoje, nos Estados Unidos em 23 de agosto de 1991 (juntamente com o Super Nintendo Entertainment System – SNES) e na Europa em 11 de abril de 1992, desembarcaria oficialmente no Brasil apenas em 30 de agosto de 1993.
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Mais em:
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- O videogame Super Famicom Super Nintendo de 1990
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*As imagens utilizadas nesta postagem são meramente ilustrativas e foram obtidas da internet.
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