A primeira lista telefônica da história de 1878
Em 21 de fevereiro de 1878, em Connecticut/EUA, era publicada pela New Haven Telephone Company a primeira lista telefônica da história.
Para os muito jovens que não conheceram os telefones fixos, num passado muito remoto antes da Internet, listas telefônicas eram grandes livros que catalogavam todos os números de telefones e seus proprietários, em uma determinada região geográfica.
Organizadas normalmente por municípios e ordem alfabética, sua primeira seção, as “páginas brancas”, permitiam às pessoas encontrar números dos assinantes da operadora naquela região, numa época em que consultas computadorizadas não estavam disponíveis de forma ampla.
Claro, existia um número de telefone para o qual podíamos ligar e realizar esta consulta com a ajuda de um operador, o “102” Auxílio à Lista. Esta operação era, contudo, mais demorada e eventualmente incidiam cobranças de taxas pelo serviço.
As listas telefônicas contemplavam também uma seção comercial, conhecida como “páginas amarelas”, muito útil quando se queria encontrar prestadores de serviços e empresas nas mais variadas especialidades.
Além dos catálogos telefônicos, era também comum encontrar mapas da cidade nas listas, por meio dos quais podíamos associar o número de telefone de uma determinada pessoa ao local onde ele estava instalado, facilitando em muito as situações em que necessitávamos chegar até alguma empresa ou visitar um amigo.
A primeira lista telefônica da história, publicada nesta data pela empresa New Haven Telephone Company de Connecticut/EUA, contemplava por volta de 50 nomes, incluindo pessoas físicas e empresas.
Impressa em uma única folha de papel cartão, tinha as identificações dos proprietários de linhas telefônicas da cidade, mas sem qualquer ordenação ou indicação de números de telefone associados a cada um deles, tarefa que acabava recaindo sobre telefonista que completava as chamadas.
Aqui no Brasil, a primeira lista telefônica seria publicada no “Jornal do Commercio” em 21 de agosto de 1881, quando da instalação do nosso primeiro sistema de telefonia, no mesmo ano, pela empresa Brazilian Telephone Company (Companhia Telefônica do Brazil).
Ao longo dos anos, com a introdução da Internet e a popularização dos telefones celulares, o uso das listas telefônicas veio gradativamente caindo em desuso, acelerada especialmente pelo abandono dos chamados “telefones fixos” pela grande maioria das pessoas físicas.
Soma-se o fato de, na grande maioria dos países, não terem sido criadas listas telefônicas de usuários de telefones móveis, em muitos casos sob a alegação de proteção de dados pessoais.
Outro fator que também desestimulou o uso das listas foi a crescente preocupação ambiental, visto que utilizavam grande volume de papel e acabavam, em algum momento, sendo descartadas na natureza. Muitas vezes sem nunca terem sido usadas, dado que eram atualizadas anualmente.
Caberia também à mesma empresa New Haven Telephone Company a realização de outra façanha histórica um mês antes: ter colocado em operação a primeira central telefônica da história.
E você, tem saudades das listas telefônicas em papel?
Clique aqui e deixe seu comentário no final desta postagem! Sua participação é muito importante pra nós!
Vídeo(s):
*legendas disponíveis nos controles do Youtube, na opção “⚙ >> Legendas/CC >> Traduzir automaticamente”.
Mais em:
- A primeira chamada de celular de 1973
- O primeiro telefone celular do Espírito Santo de 1993
- A chegada da Internet comercial no Brasil em 1994
- A primeira chamada comercial de telefone celular de 1983
- A primeira chamada telefônica transcontinental da história de 1914
- O software Skype para chamadas via Internet de 2003
- O colapso na rede da AT&T de 1990
- A fundação da AT&T em 1885
- A patente do telefone de disco de 1923
*As imagens utilizadas nesta postagem são meramente ilustrativas e foram obtidas da internet.
Quer nos ajudar com doações de itens para o acervo do Museu Capixaba do Computador – MCC?
Entre em contato conosco por meio dos canais de comunicação identificados nos ícones abaixo, ou ainda por quaisquer uma das nossas redes sociais listadas no topo da página.
As doações também poderão ser entregues diretamente na sede do museu, neste endereço.
Para refrescar a memória e te ajudar a identificar alguns itens que buscamos, aqui você encontra nosso álbum de “Procura-se” .
Colabore você também com o primeiro museu capixaba dedicado à memória da tecnologia da informação!
Doe seus itens sem uso. Você ajuda a natureza e dá uma finalidade socialmente útil pra eles!
Somos um projeto sem fins lucrativos. Mas temos despesas. 😊
Se você curte nosso trabalho, gostaria de nos ajudar a pagar as contas?
Clique no botão “Doar” abaixo e faça uma contribuição voluntária, de qualquer valor!
Você ainda tem a opção de tornar esta ajuda permanente, com um valor mensal fixo, marcando a opção “Transformar em doação mensalmente“
Mas caso não possa colaborar com doações, você também nos ajuda muito clicando no anúncio abaixo: