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Em novembro de 1992, o Moving Picture Experts Group aprovava a primeira versão da especificação do padrão MPEG-1 de compressão de vídeo e áudio.

Com o início da década de 90, à medida que a demanda por conteúdo de vídeo de alta qualidade aumentava, ficava clara a necessidade de um método eficiente para armazenar e transmitir grandes quantidades de dados de vídeo.

Entra em cena o Moving Picture Experts Group (MPEG), um comitê internacional de especialistas formado em janeiro de 1988 por Hiroshi Yasuda (NTT) e Leonardo Chiariglione (CSELT), estabelecido conjuntamente pela International Organization for Standardization (ISO) e pela International Electrotechnical Commission (IEC), com a missão de desenvolver padrões para compressão, codificação e transmissão de sinais de áudio e vídeo.

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Fundadores do Moving Picture Experts Group

Teve como primeira missão a criação de um formato padrão para armazenamento de vídeo em mídias digitais, como CDs de vídeo (vídeo-CD ou CDi “interactive CD”), aprovado em novembro de 1992 sob a denominação MPEG-1 (ISO/IEC-11172).

MPEG-2

O trabalho prosseguiria para o estabelecimento de um segundo formato, que ficaria conhecido como padrão MPEG-2 (ISO/IEC-13818), uma das mais importantes evoluções na tecnologia de compressão de áudio e vídeo história, permitindo a entrega de vídeo de alta qualidade através de uma variedade de plataformas e meios de comunicação.

Sua capacidade de comprimir vídeos, com eficiência e qualidade elevada, revolucionaria a maneira como conteúdos audiovisuais eram distribuídos e armazenados, tornando-se essencial para a indústria do entretenimento e das telecomunicações, servindo como base para diversas aplicações, como DVDs, transmissão digital de televisão (DTV), serviços de televisão por satélite e TV por assinatura.

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Usos dos padrões

Aprovado em novembro de 1994, o padrão MPEG-2 foi projetado para fornecer suporte a vídeos em variados níveis de qualidade e formatos, com resoluções que variavam de 480i (TV em baixa definição) a 1080p (HDTV), com a possibilidade ainda de acomodar a transmissão de múltiplos canais de áudio e vídeo.

Sua principal inovação residia na utilização de técnicas avançadas de compressão, utilizando uma combinação de compressão intraframe (do próprio quadro da imagem) e interframe (entre quadros consecutivos), reduzindo a “redundância” dos dados, o que permitiu que arquivos de vídeo ocupassem significativamente menos espaço, sem grandes perdas de qualidade visualmente perceptíveis.

Capaz de operar com taxas de bits (velocidades) variáveis, permitindo uma qualidade de vídeo ajustável com base nas necessidades específicas de cada aplicação, o impacto do MPEG-2 na indústria de mídia foi imediato, tornando-se, com o advento dos DVDs em 1996, a escolha ideal para armazenar conteúdo de vídeo em alta resolução.

Além disso, o MPEG-2 foi essencial para os serviços de Televisão Digital Terrestre (DTT), TV via satélite e por cabo, que dependiam de compressão eficiente para enviar sinais de vídeo e áudio de alta qualidade a milhões de residências. A integração desse padrão na televisão digital ajudou a popularizar serviços como pay-per-view e a transmissão de eventos ao vivo em alta definição, transformando o consumo de mídia globalmente.

Através dele, com a digitalização dos sistemas de TV aberta nos países, as emissoras puderam oferecer mais canais com uma qualidade de imagem superior, utilizando a mesma largura de banda (espectro de frequências) que anteriormente suportava um número inferior de canais analógicos.

Esteve presente também nos primeiros sistemas de vídeo via internet (streaming), que utilizaram o padrão MPEG-2 até que novos padrões surgissem para substituí-lo.

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Linha do tempo

Outro aspecto notável do MPEG-2 foi sua capacidade de lidar com múltiplos canais de áudio, legendas e metadados, recursos que melhoraram a experiência do usuário. Com suporte para som surround 5.1, o padrão elevou a qualidade do áudio em produções cinematográficas e transmissões ao vivo, criando uma experiência mais imersiva.

Apesar de sua relevância e inovação, o MPEG-2 foi também objeto de a críticas. A exigência de royalties para o uso dos seus algoritmos padronizados dificultou sua adoção por pequenas empresas e pelos projetos de código aberto.

No entanto, a eficiência e a qualidade oferecidas pelo formato acabaram por justificar os custos, tanto para distribuidores de conteúdo quanto fabricantes de equipamentos, que incorporaram o suporte ao formato nativamente em dispositivos como players de DVD, televisores e decodificadores de TV.

O MPEG-2 teria ainda um papel fundamental na preservação de arquivos históricos e transmissões. Sua estabilidade e “perenidade” como formato padrão de armazenamento garantiu que grandes acervos de vídeos, tanto comerciais quanto culturais, pudessem ser mantidos em alta qualidade por décadas.

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Evolução

Esse alinhamento entre tecnologia e indústria garantiria a longevidade do padrão, que permanece em uso até hoje, apesar do surgimento de codecs mais modernos como o MPEG-4 (ISO/IEC-14496, de 1998), H.264 e o H.265.


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