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Em 25 de setembro de 1973, o engenheiro Mers Kutt, da empresa canadense Micro Computer Machines (MCM) apresentava oficialmente seu microcomputador MCM/70, que vinha sendo desenvolvido em segredo.

A MCM foi uma das primeiras empresas a perceber o potencial dos microprocessadores, que tinham acabado de ser inventados, no uso em sistemas de computação.

Este talvez seja um dos primeiros equipamentos portáteis na história, assemelhado a um computador pessoal, a ser produzido e comercializado em escala.

microcomputador MCM 70 2
Detalhe das unidades de fita e do display

Contudo, nos marcos históricos do mundo da informática, quase nunca é mencionado.

Este pequeno computador all-in-one do tamanho de uma máquina de escrever, contava com uma CPU de 8 bits Intel 8008, rodando à velocidade de 800KHz, uma tela de plasma vermelho com uma linha de altura e 32 caracteres de largura (com um tamanho máximo de linha de 85 caracteres), um teclado de 51 teclas, um ou dois gravadores de fitas k7, até 8 KB memória RAM, 14 KB de memória ROM e interpretador nativo para a linguagem de programação APL.

Talvez uma das funcionalidades mais notáveis do MCM/70 era a existência de um recurso de “memória virtual”, capaz de movimentar dados entre a memória RAM física e uma das duas unidades de fita cassete integradas ao computador, permitindo ampliar sua memória a até 100KB, um absurdo para a época!

microcomputador MCM 70 3
Vista traseira

Esta técnica permitia a execução de programas maiores, que de outra forma não caberiam na diminuta memória do existente no microcomputador, funcionalidade na época presente apenas nos grandes e caros computadores Mainframe.

Outra curiosidade a seu respeito é que ele não dispunha de um botão de “liga/desliga”. A inicialização se dava por meio da tecla start, que exibia imediatamente no display a mensagem “MCM/APL”, indicando que estava pronto para receber comandos.

Para desliga-lo, bastava inserir o comando “OFF” para que o micro graciosamente descarregasse todo o conteúdo da RAM na fita cassete, preservando o estado atual do sistema para o próximo uso.

microcomputador MCM 70 4
Placas principais

Ele ainda contava com um surpreendente sistema de proteção contra falta de energia, que, com o auxílio de um pequeno conjunto de baterias internas, salvava os trabalhos em andamento executando automaticamente o comando OFF mencionado acima.

Após o retorno da alimentação elétrica, o sistema sozinho se encarregava de retomar a operação no mesmo ponto em que tinha sido desligado. Quanta elegância 😊.

Seu desenvolvimento foi realizado em uma colaboração próxima da Intel, fabricante do microprocessador 8008, inclusive tendo recebido versões da nova CPU antes mesmo o lançamento oficial.

Conta-se que a demonstração do seu protótipo à Robert Noyce e Gordon Moore (fundadores da Intel), que já continha um interpretador APL totalmente funcional, teria deixado ambos boquiabertos com o que a MCM havia conseguido fazer com o pequeno processador que tinham acabado de criar.

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Anúncio promocional com a foto do (ainda) protótipo

Vale observar que aquele que ficaria historicamente conhecido como “o primeiro microcomputador pessoal”, o Altair 8800, só seria lançado no final do ano seguinte, em 1974, contando apenas com 256bytes de memória RAM e sem nenhum interpretador de linguagem de alto nível disponível.

O MCM/70 foi assim um dispositivo pioneiro, que tinha por objetivo (e capacidade tecnológica) atender demandas dos segmentos científicos, educacionais e de negócios, que não requeressem o poder de fogo dos grandes computadores Mainframe.

Contudo, embora seu pioneirismo, e tendo tudo para se tornar uma das maiores e mais proeminentes fabricantes de computadores da história, não foi um grande sucesso de vendas, talvez por não terem conseguido em seu país o financiamento necessário para sua expansão, caindo no ostracismo nos anos seguintes com os lançamentos dos Altair, Apple, Commodore e TRS no mercado americano.

Veja aqui a íntegra do manual de usuário do MCM/70:

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Um programa de “corrida de cavalos” no MCM/70
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