O microcomputador Apple Macintosh II de 1987
Em 02 de março de 1987, a Apple trazia cores à família e lançava seu novo microcomputador Apple Macintosh II.
Era uma mudança de paradigma na linha Mac, que agora trazia uma proposta mais “aberta” em sua arquitetura, sendo o primeiro Macintosh a permitir que usuário abrisse a tampa e visse o seu interior sem perder a garantia.
Importante ressaltar aqui que, já há algum tempo, os engenheiros da Apple, e também Steve Wozniak, tinham a intenção de abandonar o conceito de “caixa preta” do Mac, criando um “Open Mac”.
Mas havia uma pessoa contra: Steve Jobs.
Na cabeça dele, o Macintosh deveria ser como um aparelho de TV, que ninguém abre nem sabe o que tem dentro. Assim, como principal dirigente da empresa, cuidava de “eliminar” qualquer ideia no sentido de “abrir” a arquitetura.
Mas como diria Joseph Climber, “como a vida é uma caixinha de surpresas, numa bela manhã de sol”… Steve Jobs foi demitido da Apple, em 1985…
O caminho para mudanças estava aberto!
Foi quando no ano seguinte, em 1986, um dos engenheiros da Apple, antigo fã dos Apple II na juventude, apresenta uma proposta para um novo modelo, com tela colorida e 6 slots de expansão, juntando o novo universo Macintosh com o conceito mais aberto da arquitetura do Apple II.
E eles sabiam que uma das maiores razões do sucesso do Apple II era exatamente a possibilidade de que, qualquer um, pudesse criar uma nova placa ou acessório e comercializá-lo. A mesma abordagem ajudaria a garantir um melhor futuro para o Mac.
O Macintosh II foi também o primeiro modelo da linha Mac a não ter um monitor integrado, mas que passava a suportar cores na tela.
Um Macintosh colorido, finalmente!
Além disso trazia também outra inovação para a época, a possibilidade de usar até 6 monitores ao mesmo tempo, com o sistema MacOS automaticamente estendendo a área de trabalho entre os vários monitores. Isso em 1987…. Algo que demoraríamos muitos anos ainda para ver nos PCs.
Contava com um processador Motorola 68020 rodando a 16MHz, possibilidade de coprocessador matemático Motorola 68881, 1MB ou 4MB de memória RAM de série (expansível a 8MB diretamente na placa ou 128MB com algumas modificações no hardware), memória ROM de 256LB. e um disco rígido de 40 ou 80MB.
Dispondo agora de um gabinete espaçoso, com 6 slots internos padrão NuBus, trouxe um novo ânimo aos usuários Apple que então podiam contar com a possibilidade de instalar novas placas de expansão, da mesma forma que faziam com seus saudosos Apple II.
Uma das grandes sacadas da arquitetura do barramento interno NuBus era sua funcionalidade “Plug&Play”, onde cada nova placa contava com uma memória ROM que “ensinava” ao sistema como ela deveria ser reconhecida e tratada.
Isso numa época em que os usuários de PC precisavam se debater com conflitos de IRQ, portas, jumpers, etc… 😊.
O NuBus também permitia a qualquer uma das placas assumir o controle do computador, apropriando-se dos seus recursos, possibilitando, por exemplo, que tivéssemos vários processadores diferentes instalados no computador, operando simultaneamente.
E assim, 10 anos depois do lendário modelo Apple II, quase que como uma homenagem, nascia o novo “open” Macintosh II. 😊
Nesta mesma data, era também lançado do Macintosh SE, seu irmãozinho menor, no mesmo “caixotinho” de antes, mas agora também expansível.
E você, usou qual modelo de Macintosh?
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*As imagens utilizadas nesta postagem são meramente ilustrativas e foram obtidas da internet.
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