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Em outubro de 1982, a fabricante japonesa NEC lançava o primeiro modelo de sua linha PC-9800, ou simplesmente microcomputador NEC PC-98.

Nesta época, a NEC já era uma veterana no ramo dos computadores, atuando tanto no segmento de computadores de grande porte (Mainframes), quanto no de computadores pessoais, onde já tinha lançado três séries diferentes: o PC-8001, o PC-6001 e o PC-8801.

O sol brilhava forte para eles, até que uma tal IBM resolve melar o pique: lança em agosto de 1981 o IBM PC.

E a NEC sabia o que estava por vir, percebendo que o futuro da computação empresarial seria “pessoal“, com um computador “inteiro” para cada funcionário.

microcomputador NEC PC-98 2
Placa mãe

Também se deram conta de que, caso não entregassem uma solução de computação pessoal própria, a IBM dominaria o mercado japonês com seu PC.

E assim, no prazo de 1 ano, foi feito

Como resposta, e chegando para suceder a linha anterior PC-88, o NEC PC-98 foi uma família de computadores pessoais de 16 ou 32 bits que chegou a deter mais de 60% do mercado japonês, quando a NEC praticamente dominou o segmento nos anos 80 e 90.

Isso se devia muito ao fato de seus recursos gráficos serem superiores aos do IBM PC, o que permitia um melhor suporte ao complexo idioma japonês.

Esta barreira do idioma acabava por fazer com que o mercado japonês seguisse na época isolado do resto do mundo, com diversas arquiteturas proprietárias coexistindo e competindo entre si, como foi o caso dos MSX, Fujitsu FM Towns, Sharp X68000, Sharp X1, entre outros.

microcomputador NEC PC-98 3
Versão portátil

Embora utilizasse uma versão “NEC” do microprocessador Intel 8086 de 16 bits em sua construção, além de muitos dos componentes não proprietários do IBM PC, o PC-98 possuía uma arquitetura bem distinta do padrão IBM e superior em muitos quesitos.

A primeira diferença estava em seu barramento interno de comunicação, o C-Bus, que era de 16bits, em comparação ao ISA de 8bits do PC. Soma-se ainda sua interface gráfica, que já contava naquela época com resolução de 640×400 pontos e 8 cores, muito superior ao padrão CGA do IBM PC.

Também sua BIOS, endereços de portas de comunicação, gerenciamento de memória e interfaces gráficas eram totalmente distintos.

Ou seja, o NEC PC-98 era um “PC japonês” pouco parecido com os PCs do resto do mundo.

Apesar de ser um computador originalmente desenhado para o “mundo dos negócios”, seu sucesso de público e qualidade gráfica fizeram com que ganhasse ao longo dos anos milhares de jogos, tornando-se também uma bem-sucedida plataforma de games.

Afinal, se no meu trabalho eu tenho um PC-98, nada mais natural ter um igual em casa. 😊

Mas nos anos 90, o cenário começaria a mudar, com os computadores tipo IBM PC passando a ter recursos gráficos mais avançados.

Nuvens começavam a se formar no céu da NEC.

microcomputador NEC PC-98 4
O lançamento do DOS/V mudou o rumo da história

Ao mesmo tempo, capitaneada pela IBM, era fundada por lá a iniciativa Disk Operating System/VGA (DOS/V), que possibilitava aos PCs comuns com placas de vídeo VGA e rodando o sistema IBM PC DOS, exibirem mais facilmente o alfabeto japonês.

Não tardou à Microsoft incorporar este recurso ao seu sistema MS-DOS, ampliando a penetração dos PCs no mercado da terra do sol nascente, rapidamente seguida pelo lançamento de novos PCs pela Compaq, Toshiba, EPSON e até mesmo a Fujitsu (do FM TOWNS).

Mas a “bala de prata” da arquitetura NEC PC-98 foi o lançamento e a popularização do Windows 95, que agora podia mostrar caracteres japoneses com facilidade nos PCs.

microcomputador NEC PC-98 5
Anúncios da época

A partir deste momento, seu espaço de mercado começou a cair vertiginosamente, fazendo com que a NEC abandonasse seu desenvolvimento e lançasse, em 1997, a linha PC98-NX, adotando agora a arquitetura IBM PC.

E assim como ocorrera com os MSX, FM TOWNS e X68000, morria mais uma das joias japonesas da informática.


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Vídeo(s):

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Comercial do PC-98
Desmontando um dos modelos da linha
50 jogos do PC-98
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*As imagens utilizadas nesta postagem são meramente ilustrativas e foram obtidas da internet.


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