A patente da eletrofotografia de 1942
Em 06 de outubro de 1942, o inventor norte-americano Chester Floyd Carlson obtinha a patente da eletrofotografia, processo conhecido atualmente como “fotocópia”.
A partir dos princípios físicos de que materiais de cargas elétricas opostas se atraem e de que alguns materiais se tornam melhores condutores de eletricidade quando expostos à luz, Carlson inventaria um processo composto de seis etapas, capaz de transferir uma imagem de uma superfície para outra.
Ele se dá da seguinte forma:
Primeiro, uma superfície fotocondutora recebe uma carga elétrica positiva em toda sua extensão. Esta superfície é então exposta à imagem do documento a que se deseja copiar.
As partes vazias do documento (as áreas sem imagem) fazem com que a carga elétrica na superfície fotocondutora se dissipe. Um pó negativamente carregado é espalhado nesta superfície, fixando-se nas partes ainda positivamente carregadas, gerando uma reprodução da imagem original.
Em seguida, uma folha de papel positivamente carregada é colocada em contato com a “imagem em pó”, que se transfere para ela por atração. Na última etapa, uma fonte de calor funde o pó ao papel, produzindo assim uma cópia da imagem original.
Esta incrível invenção aconteceria em seu laboratório, juntamente com seu assistente Otto Kornei, 4 anos antes, em 22 de outubro de 1938.
Como teste, Carlson escreveu em um pedaço de papel a mensagem “10.-22.-38 ASTORIA”, submetendo o texto ao seu invento.
E o resultado entrou pra história.
Mas seu assistente, que aparentemente não levava muita fé no que tinham criado, pulou fora do projeto menos de um ano depois, abrindo mão dos direitos sobre o invento.
E como aconteceria em outras ocasiões na história, foi um daqueles inventos que inicialmente não despertaria o interesse comercial de nenhuma empresa, indo pra gaveta.
Mas passados alguns anos, uma empresa de nome Haloid Company se interessaria em licenciar esta tecnologia, criando o termo “xerografia” para denominar esta nova modalidade de geração de imagens fotográficas.
E o negócio de eletrocópias desta nova empresa cresceu tanto, a ponto de se tornar sua principal fonte de renda, que ela resolveu mudar seu nome para algo mais apropriado, passando-se a se chamar XEROX, vindo futuramente a se tornar uma das maiores empresas de tecnologia do mundo;
Um desdobramento desta mesma invenção nos levaria ainda às impressoras LASER, também criadas pela XEROX nos anos 70.
Ahh, lembra do Kornei, assistente do Carlson?
Tempos depois, Carlson, agora um dos acionistas de Xerox, presentearia seu ex-assistente com 100 ações da empresa, que valiam, na época, por volta de US$ 1 milhão. Taí um cara que não esquece de quem o ajudou. 😊
Íntegra do documento original de patente:
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Vídeo(s):
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Mais em:
- XEROX PARC de 1970
- A luz LASER de 1960
- A primeira especificação do padrão de rede Ethernet de 1980
- A patente da máquina de duplicar textos Multigraph de 1903
- A rede Ethernet de 1973
- O FAX de 1843
- A máquina de escrever Underwood de 1893
- As Tabulae Alphonsinae de 1483
*As imagens utilizadas nesta postagem são meramente ilustrativas e foram obtidas da internet.
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