O Logica VTS 2200 (“Whirlwind”) foi um equipamento processador de textos da empresa britânica Logica Video Terminal Systems (Logica VTS), criado para ser o sucessor do modelo Logica VTS 100, desenvolvido para o projeto Unicom da multinacional Unilever.

O projeto Unicom (Unilever Communications) surgiria na década 70, quando a Unilever começou a ter problemas na contratação de pessoal qualificado para operar suas máquinas de datilografia.

Após diversas pesquisas, decidiram por substituir as antigas máquinas de escrever por terminais computadorizados espalhados pela empresa, que seriam conectados a computadores centrais responsáveis por consolidar os dados dos digitadores.

Com o sucesso do projeto, a empresa resolveria licenciar a tecnologia transferindo à outras empresas, como britânica Logica, o direito de comercialização da solução, que projetaria posteriormente o modelo Logica VTS-100, baseado em um microprocessador Intel.

Ele incorporava diversas melhorias em relação ao sistema Unicom original, como a capacidade programação em linguagem Assembly, representação de frações, caracteres matemáticos e científicos, mesclagem de arquivos para cartas padrão e espaçamento proporcional entre caracteres.

O modelo Logica VTS 2200 (“Whirlwind”) chegaria em 1984, com versões contando com processadores Intel 8080 ou Intel 8086, memória RAM de 64 KB, um monitor monocromático e um teclado.

O software integrado era proprietário e escrito pela própria Logica, permitindo editar, formatar e imprimir documentos de texto.

Vendido internacionalmente pela British Telecom (BT) e pela International Computers Ltd, foi um dos primeiros sistemas “processadores de texto” a alcançar uma boa qualidade de impressão e possuir uma interface de usuário amigável.

No entanto, o Logica VTS 2200 enfrentaria a concorrência devastadora do IBM PC, que oferecia maior compatibilidade e versatilidade, resultando no fim das atividades da empresa em 1986.

O Logica VTS 2300

Antes do fechamento da empresa, contudo, o Logica VTS 2200 seria ainda sucedido em janeiro de 1985 pelo Logica VTS 2300 (“Kennet”)

Baseado agora exclusivamente no microprocessador Intel 8086, o Logica VTS 2300 (apesar de ainda ter a missão de ser um processador de textos) era capaz de rodar o sistema MS-DOS (já um padrão de mercado naquela altura), embora não fosse totalmente compatível com o IBM PC.

processador de textos Logica VTS 2200 2 — O processador de textos Logica VTS 2300

Estava disponível em duas versões: a Kennet A com slot de expansão e a Kennet B com mais slots de expansão e uma fonte de alimentação de maior capacidade, acomodados em um gabinete de perfil mais alto. Opções com monitores tanto monocromáticos quando coloridos foram oferecidas pelo fabricante.

Um dos recursos interessantes deste modelo era a capacidade de instalação de uma placa adaptadora interna que permitia a conexão de outros dois monitores e teclados à mesma CPU. Isso possibilitava que até três pessoas pudessem utilizar o equipamento simultaneamente, realizando, de forma independente, tarefas de processamento de texto, ao mesmo tempo que compartilhavam as unidades de armazenamento de arquivos, impressoras e quaisquer outros periféricos.

E você, conheceu de perto algum dos sistemas da Logica?

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Vídeo(s):

*legendas disponíveis nos controles do Youtube, na opção “⚙ >> Legendas/CC >> Traduzir automaticamente”.

Matéria jornalística da BBC sobre a “revolução” dos processadores de texto (1979)

Edição do programa Computer Chronicles sobre processadores de texto (1983)

O que são os processadores de texto? (1975)

Mais em:

*As imagens utilizadas nesta postagem são meramente ilustrativas e foram obtidas da internet.

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