O termo hacker de computador de 1963
Em 20 de novembro de 1963, no jornal estudantil do MIT “The Tech”, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts dos EUA, o termo “hacker” era associado ao mundo dos computadores pela primeira vez na história.
O conhecido termo “hacker” é atualmente utilizado, comumente associado a uma conotação negativa, quando desejamos nos referir às pessoas que invadem sistemas de computadores ou redes dados, com fins não muito nobres.
Mas nem sempre foi assim.
A origem da expressão remonta ao século passado, quando o termo inglês hack (cortar algo grosseiramente; gambiarra) era usado apenas para designar uma solução criativa ou elegante para um problema qualquer.
Mas seria no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) que a palavra, até então usada para designar pegadinhas, trotes ou brincadeiras feitas pelos estudantes, passaria a ser associada ao mundo dos computadores.
Foi ali que, no dia de hoje, o termo “hacker” teria sido usado pela primeira vez com esta conotação no jornal estudantil “The Tech”, que publicou matéria com o título “Hackers de telefone ativos”.
O artigo falava sobre um grupo de alunos que havia invadido o sistema telefônico do campus e feito ligações gratuitas para vários lugares do mundo, descrevendo as “façanhas” desses hackers, que usavam conhecimentos de eletrônica e programação para explorar as falhas do sistema, adotando pseudônimos como “The Midnight Skulker” ou “The Lone Ranger” para se identificar.
O artigo relatava que os hackers não tinham intenção de causar danos ou prejuízos, mas apenas de se divertir e demonstrar suas habilidades, afirmando que não eram criminosos, mas sim “pesquisadores amadores”.
Esses indivíduos compartilhavam um interesse apaixonado em explorar os sistemas computacionais para entender melhor seu funcionamento e potencial, vendo a atividade como uma forma de aprendizado e desafio intelectual, muitas vezes contribuindo para o desenvolvimento de novas técnicas e melhorias nos sistemas.
Registros apontam que o artigo do jornal “The Tech” teria sido o primeiro registro histórico escrito da palavra hacker vinculada no mundo dos computadores, cujo significado posteriormente se alteraria significativamente.
Com o passar dos anos, o termo foi se popularizando e se diversificando, abrangendo diferentes áreas da computação e da tecnologia, existindo hoje hackers de vários tipos, como:
- Hackers do Bem ou do “Chapéu Branco” (White Hat): Esses hackers são especialistas em segurança que usam suas habilidades para proteger sistemas e redes. Trabalham em empresas, agências governamentais ou como consultores para identificar vulnerabilidades e fortalecer a segurança.
- Hackers Éticos (Ethical Hackers): Muitas vezes, usada de forma intercambiável com “hackers do bem”, essa categoria envolve hackers que têm permissão legal para testar a segurança de sistemas.
- Hackers Maliciosos ou do “Chapéu preto” (Black Hat): Esses hackers exploram vulnerabilidades em sistemas para ganho pessoal, muitas vezes envolvendo atividades ilegais. São responsáveis por ciberataques, roubo de dados e outras atividades prejudiciais.
- Hackers do Chapéu Cinza (Gray Hat): Esses hackers estão em algum lugar entre os white hats eos black hats, podendo violar sistemas sem permissão, mas geralmente com intenções benignas, como alertar sobre vulnerabilidades.
- Hacker de Elite (Elite Hacker): hackers de extrema habilidade, reconhecidos pela comunidade e com um elevado “status”.
- Hacktivistas: Hackers que buscam promover causas sociais ou políticas usando suas habilidades. Podem realizar ataques cibernéticos para chamar a atenção para questões específicas.
- Crackers: Embora não seja um termo exclusivo para hackers, os crackers estão envolvidos em quebrar proteções de software para distribuir cópias ilegais ou realizar atividades maliciosas.
- Phreakers: termo que combina as palavras “phone” e “freak” (maluco ou anormal), designando um hacker especializado em sistemas de telefonia, seja móvel ou fixa.
- Script Kiddies: São indivíduos com conhecimento limitado que utilizam ferramentas e scripts desenvolvidos por outros para realizar ataques e que geralmente não têm compreensão profunda dos sistemas que estão comprometendo.
- Novato (Newbie): Termo pejorativo que designa um hacker principiante.
- Hackers de Estado (State-Sponsored Hackers): Esses hackers trabalham para governos e estão envolvidos em atividades cibernéticas, como espionagem, sabotagem ou guerra cibernética.
- Hackers de Competição (Hackers Competitivos): Envolvidos em competições de hacking ético ou “capture a bandeira” (Capture The Flag), onde competem para resolver desafios de segurança.
- Engenheiros Sociais (Social Engineers): Embora não sejam tradicionalmente considerados hackers, os social engineers manipulam pessoas para obter informações confidenciais, o que pode envolver phishing, engenharia social e outras técnicas.
No fundo, todos compartilham uma característica em comum: a paixão por resolver problemas e criar coisas novas.
E você, o que pensa sobre a atividade dos hackers?
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Vídeo(s):
*legendas disponíveis nos controles do Youtube, na opção “⚙ >> Legendas/CC >> Traduzir automaticamente”.
Mais em:
- Filme Hackers – Piratas de Computador – Hackers de 1995
- Filme Jogos de Guerra – Wargames de 1983
- Filme Matrix – The Matrix de 1999
- O Computerized Bulletin Board System CBBS de 1978
- A expressão “vírus de computador” de 1983
- Edward Snowden revela o vazamento de dados sigilosos do governo dos EUA em 2013
- A quebra do sistema de criptografia DES em 1997
- O sistema criptográfico RSA de 1983
- O vírus de computador MyDoom de 2004
*As imagens utilizadas nesta postagem são meramente ilustrativas e foram obtidas da internet.
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