O Filesystem Hierarchy Standard FHS FSSTND de 1994

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Em 14 de fevereiro de 1994, a comunidade Linux mundial lançava a primeira versão do FSSTND, uma proposta para padronização da organização do sistema de arquivos em sistemas Unix, posteriormente rebatizado como Filesystem Hierarchy Standard (FHS).

O FSSTND (sigla para Filesystem Standard), é um conjunto de diretrizes e padrões estabelecidos para a organização e estruturação de sistemas de arquivos em sistemas operacionais baseados em Unix.

Lançado no dia de hoje em 1994, como resultado dos esforços do programador Daniel Quinlan e de vários outros ativistas da comunidade Linux mundial, o FSSTND desempenhou um papel crucial na promoção da consistência e interoperabilidade entre diferentes distribuições de sistemas operacionais “Unix-like”.

Antes da introdução do FSSTND, a falta de padrões claros levava a uma grande variabilidade na organização de diretórios e arquivos nos sistemas “tipo” Unix (mais especificamente as diferentes versões Linux), o que resultava em desafios significativos para os desenvolvedores de software e administradores de sistemas que precisavam lidar com diferentes distribuições.

O FSSTND foi concebido para superar essas dificuldades, estabelecendo diretrizes comuns para a disposição de arquivos e diretórios, facilitando a portabilidade de aplicativos entre diferentes sistemas Unix.

Entre os princípios fundamentais do FSSTND estava a criação de uma hierarquia padronizada de diretórios, como “/bin” para executáveis do sistema, “/etc” para arquivos de configuração, “/var” para dados variáveis, “/usr” para aplicativos e bibliotecas do usuário, entre muitos outros. Todos organizados a partir do “diretório raiz” identificado como “/”, mesmo que seu conteúdo estivesse eventualmente armazenado em dispositivos físicos externos ou ainda virtuais.

Essa padronização não apenas simplificou o desenvolvimento de software, mas também facilitou a vida dos usuários e administradores, tornando mais fácil entender a estrutura do sistema de arquivos.

Além disso, o FSSTND estabeleceu convenções para a nomenclatura de arquivos e diretórios, promovendo a consistência e tornando mais fácil para os usuários encontrar e manipular dados no sistema, provocando um impacto significativo na usabilidade e na portabilidade do software em ambientes Unix.

A partir de um movimento iniciado em 1996, que buscava ampliar o escopo do padrão, universalizando-o para outras modalidades Unix, em 26 de outubro de 1997, quando do lançamento de sua versão 2.0, o FSSTND teve seu nome alterado para Filesystem Hierarchy Standard (FHS).

Em linhas gerais, o FHS se organiza da seguinte forma atualmente:

  • /: É o “diretório raiz” (root) de toda a hierarquia do sistema de arquivos.
  • /bin: Contém binários essenciais que precisam estar disponíveis no modo de usuário único, incluindo comandos como “cat”, “ls” e “cp”.
  • /boot: Armazena arquivos de inicialização, como “kernels” e “initrd”.
  • /dev: Contém arquivos de dispositivo, como “/dev/null”, “/dev/disk0”, “/dev/sda1”, “/dev/tty” e “/dev/random”.
  • /etc: Contém arquivos de configuração do sistema. O nome “etcetera” historicamente abrigava tudo que não se encaixava em outros diretórios, mas o FHS restringiu o “/etc” aos arquivos de configuração estáticos e não binários.
  • /home: Diretórios pessoais dos usuários, onde são armazenados arquivos pessoais e configurações.
  • /lib: Bibliotecas essenciais para os binários em “/bin” e “/sbin”.
  • /media: Pontos de montagem para mídias removíveis, como CD-ROMs e pendrives.
  • /opt: Pacotes de software de aplicativos complementares.
  • /proc: Sistema de arquivos virtual que fornece informações sobre processos e sobre o kernel, gerado automaticamente e preenchido pelo sistema, em tempo real.
  • /sbin: Arquivos binários de sistema.
  • /usr: Repositório somente de leitura, contém utilitários e aplicativos comuns a todos os usuários do sistema.
  • /var: arquivos cujo conteúdo pode mudar continuamente durante a operação normal do sistema, como logs, arquivos de spool e arquivos temporários.

A iniciativa é mantida pela Linux Foundation, uma organização sem fins lucrativos que tem como membros empresas como HP, Red Hat, IBM e Dell. Contudo, mesmo com o envolvimento de grandes “players”, ainda hoje, algumas distribuições Linux (até de membros Linux Foundation), não seguem totalmente o padrão proposto.

A última versão lançada é a especificação FHS 3.0, de 3 de junho de 2015.


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