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Em junho de 1993, Tim Berners-Lee e Dan Connolly publicavam a primeira proposta de especificação formal da HyperText Markup Language HTML.

A Linguagem de Marcação de Hipertexto, do inglês “HyperText Markup Language”, ou simplesmente HTML (como é mais conhecida), é uma linguagem fundamental da Internet moderna e que teve uma evolução significativa desde sua criação nos anos 1990 até os dias atuais, refletindo as necessidades tecnológicas de cada época.

Desenvolvida originalmente pelo pesquisador Tim Berners-Lee, então colaborador da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), a HTML permitiu a criação das primeiras páginas de internet, interligando documentos por meio conexões denominadas “hiperlinks”.

HTML 1

Concebida em sua versão primordial em 1991 por Tim Berners-Lee, teve uma primeira proposta formal de padronização estabelecida em junho de 1993, com a publicação pela Internet Engineering Task Force (IETF) do “draft” Hypertext Markup Language (HTML), escrito por Tim Berners-Lee em conjunto com Dan Connolly.

Esta primeira proposta permitia apenas a formatação básica de páginas, como títulos, parágrafos, listas e links. Muito limitada, essa versão possibilitava a criação de sites estáticos e sem interatividade, tendo, contudo, estabelecido os fundamentos da web como conhecemos hoje.

Muito embora este draft tenha expirado 6 meses depois de sua publicação, serviria de inspiração para que o IETF formasse um grupo de trabalho que concluiria, no final de 1995, a primeira norma sobre sua tutela, a especificação “HTML 2”.

HTML 2

A versão HTML 2.0, lançada em 24 de novembro de 1995, foi a primeira a ser padronizada pela IETF.

Publicada por meio da RFC 1866, ela expandiu as capacidades da HTML 1.0, incorporando novos elementos como suporte para formulários e funcionalidades básicas de controle de layout. Esta versão consolidou os recursos mais amplamente utilizados na web no início dos anos 90 e foi o padrão até o lançamento do HTML 3.2.

Mas “tensões” decorrentes de interesses (as vezes incompatíveis) dos muitos interessados na normatização do padrão, fariam com que uma nova instituição fosse criada, o World Wide Web Consortium (W3C), com a finalidade de manter os padrões relacionados à World Wide Web.

Em função destas questões, o IETF encerraria o Grupo de Trabalho HTML em 12 de setembro de 1996.

HyperText Markup Language HTML 2
Exemplo de um antigo código HTML(e) e seu resultado(d)
HTML 3

Lançado em 14 de janeiro de 1997, a HTML 3.2 foi o primeiro padrão desenvolvido sob a supervisão do W3C, órgão que passou a controlar a evolução da HTML.

Essa versão incluiu tabelas, scripts (via JavaScript) e a capacidade de formatação básica de texto com fontes e cores. Apesar de ser uma melhoria importante, ainda não oferecia suporte para a web dinâmica ou interativa.

O padrão também excluiu a padronização de fórmulas matemáticas, que passaria a ser objeto de uma norma específica, a MathML, padronizada em abril de 1998. Consolidou também várias extensões proprietárias, incorporando ao padrão a maioria das tags de marcação visual criadas pela Netscape.

HTML 4

Lançada em 18 de dezembro de 1997, a HTML 4.0 foi uma das maiores atualizações na história da linguagem, introduzindo a separação entre estrutura (HTML) e apresentação (Cascading Style Sheets – CSS), o que possibilitou um design mais flexível e eficiente para os sites.

A nova especificação buscou também eliminar as funcionalidades de marcação visual do Netscape incorporadas na versão anterior, definindo-as como “obsoletas” e recomendando o uso das “folhas de estilo” (CSS).

Além disso, o HTML 4.0 focou na acessibilidade, suportando dispositivos assistivos, sendo a primeira versão a dar suporte a scripts mais avançados, permitindo uma interatividade limitada.

Em 24 de dezembro de 1999, a versão HTML 4.01 foi lançada como uma atualização do HTML 4.0, corrigindo diversos bugs e refinando o padrão.

Essa versão manteve as três variações do HTML (Document Type Definitions – DTD), cada uma com diferentes níveis de conformidade às regras de codificação da linguagem: Strict (elementos obsoletos são proibidos), Transitional (elementos obsoletos são permitidos) e Frameset (somente elementos relacionados ao frame (quadro) são permitidos).

Após seu lançamento, haveria um grande hiato até que uma nova atualização da norma ocorresse, o que só aconteceria em 2014, com o HTML 5.

XHTML 1

Lançada em 26 de janeiro de 2000, o XHTML 1.0 foi uma tentativa de tornar o HTML mais rigoroso e compatível com o padrão XML. Exigia uma sintaxe mais estrita, como o fechamento correto de todas as tags, tendo sido criado como um esforço para tornar a web mais interoperável e eficiente.

No entanto, o XHTML nunca ganhou ampla adoção.

HTML 5

O HTML 5, lançado oficialmente em 28 de outubro de 2014 pelo W3C, representou uma evolução significativa na linguagem fundamental da web.

Como a quinta geração do HTML, o HTML 5 foi desenvolvido para atender às necessidades crescentes da internet moderna, oferecendo novos recursos e melhorando a experiência de usuários e desenvolvedores.

HyperText Markup Language HTML 3
Categorias das muita “tags” da HTML

Entre suas principais inovações, introduziu novas tags semânticas como <article>, <section>, e <nav>, que ajudaram a estruturar o conteúdo de maneira mais clara e acessível, tanto para humanos quanto para as “máquinas”, como os motores de busca (Google, Bing, etc…). Estas novidades não apenas tornaram o código mais legível, mas também melhoraram a acessibilidade, facilitando a vida de usuários com deficiência visual que utilizam softwares leitores de tela.

O HTML 5 também trouxe suporte nativo para vídeo e áudio por meio das tags <video> e <audio>, eliminando a necessidade de plugins externos (como o saudoso Flash), passando a oferecer recursos poderosos de multimídia e interatividade diretamente no navegador.

Outra inovação importante foi a introdução de APIs para gráficos, como o Canvas API (tag <canvas>), que permitiu a criação de gráficos dinâmicos diretamente no navegador, sem a necessidade de softwares adicionais.

O HTML 5 também trouxe avanços significativos no armazenamento de dados no lado do cliente, com a inclusão do Web Storage (localStorage e sessionStorage) e do IndexedDB, permitindo o armazenamento de grandes quantidades de dados de forma mais eficiente.

Tudo isso mantendo a “retrocompatibilidade”, o que significa que ele é capaz de lidar com as versões mais antigas do HTML, ao mesmo tempo em que fornece novos recursos para o desenvolvimento web moderno.

A adoção global do HTML 5 foi rápida e extensa, solidificando seu papel como um dos pilares da web moderna. Com ele, a web passou a oferecer uma experiência mais rica tanto em dispositivos móveis e desktops, refletindo o avanço das necessidades tecnológicas da década.

Olhando para trás, fica claro que o lançamento do HTML 5 foi um marco que influenciou profundamente a evolução da internet e continuará a moldar seu futuro por muitos anos, com o HTML 5 ainda se mantendo como o padrão mais amplamente adotado para o desenvolvimento de conteúdo web.

A história da HTML reflete a evolução da web, acompanhando o crescimento da internet, desde um conjunto simples de páginas estáticas para uma plataforma dinâmica e interativa. Com cada nova versão, a HTML se tornou mais capaz de lidar com as demandas complexas dos usuários e desenvolvedores, consolidando-se como a principal linguagem de marcação para a criação de conteúdo na web.


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