O microcomputador Commodore VIC-20 de 1981
A empresa Commodore International de 1954Em maio de 1981, a norte-americana Commodore Business Machines (a mesma do Amiga) lançava nos EUA e na Europa o microcomputador Commodore VIC-20.
Anunciado durante a edição de janeiro do mesmo ano da famosa feira Consumer Electronics Show (CES), tratava-se de um computador doméstico de 8 bits fabricado pela empresa estadunidense Commodore Business Machines e que, apesar do design diferenciado, era tido como membro da família Commodore PET, lançada em 1977.
Teve seu nome escolhido em função do chip processador de vídeo/áudio utilizado em sua construção, o VIC (Video Interface Chip), identificado pelos códigos MOS 6560 (NTSC) e MOS 6561 (PAL). Já o “20”, segundo conta um dos responsáveis pelo seu projeto Michael Tomczyk, não tinha relação com nenhuma característica específica, sendo escolhido apenas porque “soava bem”. 😊
O chip VIC era, em razão das várias funções que desempenhava, um dos elementos mais importantes do computador, ficando atrás apenas da sua CPU, o processador MOS 6502.
Além de controlar a geração dos sinais de vídeo e caracteres, também era responsável pela operação dos 4 canais de áudio, do controle do acesso direto à memória (DMA), de portas de conversão analógico-digital e da operação de uma caneta óptica.
O chip tinha sido originalmente projetado em 1977 para ser comercializado de forma avulsa para fabricantes de videogames. Contudo, as baixas vendas do VIC motivaram a empresa a buscar uma alternativa para desaguar a produção empacada, criando um modelo de computador que fizesse uso dele. Nascia aí o computador pessoal Commodore VIC-20.
Com os atrativos de gerar gráficos coloridos e ter um preço baixo, o VIC-20 foi um sucesso imediato, chegando ao espantoso número de 9 mil unidades fabricadas ao dia em sua melhor fase.
Em relação ao “preço baixo”, o VIC-20 guarda também o honroso título de primeiro computador colorido a ser vendido abaixo dos U$ 300, um grande feito para a época.
O sistema contava com uma CPU de 8 bits MOS 6502 operando a 1,12MHz, memória RAM de 5KB (expansível a 32KB), memória ROM de 16KB, interpretador Commodore BASIC 2.0 integrado, processador de vídeo VIC capaz de gerar imagens de 184×176 pontos e 16 cores, som de 4 canais, teclado profissional de 66 teclas e 4 de função, além de conexões externas para joystick, expansão, cartucho, vídeo, gravador K7 e porta serial.
Enorme sucesso de vendas, foi o primeiro computador da história a vender mais de 1 milhão de unidades, tendo atingido a marca de 2,5milhões de computadores comercializados até o fim de sua produção em janeiro 1985, três anos depois do best-seller Commodore 64 ter sido lançado, que herdaria inclusive seu desenho externo.
O VIC-20 teria sido também o responsável por fazer com que o projetista Chuck Peddle, criador do microprocessador MOS 6502 e do computador Commodore PET, deixasse a empresa.
Isso porque Peddle já vinha desenvolvendo outro projeto mais sofisticado de computador para substituir o PET, o TOI (The Other Intellect), agora colorido e muito parecido com o Apple II e que ficaria conhecido internamente pelo apelido “ColorPET”.
Contudo, o dono da empresa, Jack Tramiel, tinha a visão de que o novo computador da Commodore Business Machines deveria ser algo mais popular e de baixo custo, assim como os novos modelos japoneses.
Assim, discordando do presidente da empresa quando aos futuros projetos, Peddle e outros engenheiros deixariam a Commmodore pouco tempo depois para fundar a Sirius Systems Technology.
Há, entretanto, um “detalhe” em relação ao seu lançamento.
Oito meses antes do lançamento oficial nos EUA e Europa, em setembro de 1980, sua versão japonesa, o “VIC-1001” foi colocada à venda como “teste” na loja de departamentos “Seibu”, evento que alguns podem optar por adotar como data oficial do seu lançamento.
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