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Em outubro de 1983, a empresa paulista Ritas do Brasil lançava o microcomputador Ritas Ringo R-470, outro (mais um?) dos nossos queridos clones verde-amarelos do Sinclair ZX-81.

Apresentado ao público durante a terceira edição da Feira Internacional de Informática do Anhembi/SP, o Ritas Ringo R-470 chegava ao mercado pelas mãos da empresa Ritas do Brasil Indústria de Botões e Máquinas Ltda, uma conhecida fabricante de botões… para roupas…

É isso mesmo que você leu. 😊

Como os ramos da moda e dos computadores devem ter uma estreita (e oculta) afinidade, a Ritas do Brasil entendeu que era sua hora de também surfar a onda da reserva de mercado, decidindo lançar sua própria versão do Sinclair ZX-81.

Há que se reconhecer que foi um tanto de ousadia. 😊 Especialmente num mercado já cheio de experientes empresas concorrentes.

Apostando nos “diferenciais”, o Ritas Ringo-470 tinha dimensões bem maiores que os concorrentes (lhe dando um ar mais profissional), um teclado mais confortável e espaçoso com função de auto-repetição e teclas direcionais, chave de inversão de vídeo no próprio teclado, alta velocidade de gravação/leitura de dados em fita k7, possibilidade de uso de cartuchos e fonte de alimentação interna com chave liga/desliga e led de sinalização.

Seguindo o padrão dos demais clones do Sinclair ZX-81, o Ritas Ringo-470 contava com um microprocessador Zilog Z-80 rodando a 3,25MHz, memória RAM de 16KB (expansível até 48KB), memória ROM de 8KB (expansível a 8KB por meio de cartuchos), teclado tipo chiclete com 49 teclas, interpretador de linguagem BASIC integrado, além de portas externas de conexão para TV, gravador K7, modem, expansão e joystick.

microcomputador Ritas Ringo R-470 2
Anúncio da época

As escolhas “inovadoras” no projeto chegavam, contudo, a um preço: a compatibilidade parcial com o Sinclair ZX-81.

Isso advinha de características como o slot de expansão, totalmente diferente do padrão Sinclair, o que o tornava incompatível com todos os acessórios e periféricos preexistentes da linha.

Este slot “fora do padrão” tinha, entretanto, uma razão de existir: a possibilidade de conexão de “cartuchos” com programas que poderiam ser carregados imediatamente ao ligar o computador (INSTANT SOFT), o que era uma funcionalidade inovadora e inexistente no Sinclair ZX-81 original. Até mesmo em outros computadores brasileiros.

Outro ponto que gerava incompatibilidades residia em seu interpretador de BASIC, que utilizava (para alguns comandos) códigos distintos do Sinclair ZX-81, o que fazia com que programas criados nele não funcionassem em micros similares de outros fabricantes, muito embora a carga de programas feitos para o ZX-81 fosse realizada de forma transparente e sem quaisquer problemas.

A empresa prometia ainda lançar diversos acessórios para o computador, como um sintetizador de sons, interfaces serial e paralela, gravador de memória tipo EPROM, interface para discos e cartuchos com programas. A exceção de alguns cartuchos produzidos, se os demais acessórios chegaram mesmo a existir, pouco se sabe.

Apesar da primeira aparição pública durante a feira de outubro, revistas especializadas da época, como a MicroMundo, publicaram matérias informando que o Ritas Ringo R-470 teria sido lançado no mês de agosto daquele ano.

O fato é que este foi mais um daqueles computadores brasileiros que tiveram vida curta, seja pelas questões de incompatibilidade ou pelo preço elevando em relação aos concorrentes mais famosos, deixando de ser produzido pouco tempo depois.

Íntegra do manual de operação do Ritas Ringo R-470:

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EAD Logo Taking too long?

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microcomputador Ritas Ringo R-470 3
Um Ritas Ringo R-470 no MCCEmu

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