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Em março de 1983, a brasileira Microdigital Eletrônica Ltda anunciava seu novo modelo Microdigital TK-85, clone do Sinclair ZX81.

A Microdigital foi uma empresa brasileira de tecnologia sediada em São Paulo, fundada no ano de 1981 pelos irmãos George e Tomas Kovari (ahhh o “TK” vem daí! 😊), e que já havia se aventurado anteriormente na fabricação de computadores domésticos, com seu modelo TK-82C, “clone” do lendário computador inglês Sinclair Research ZX-81.

microcomputador Microdigital TK-85 3
Anúncios da época, onde a versão da esquerda ainda exibe uma logomarca no gabinete que não foi utilizada

Chegavam agora com um novo “upgrade” da mesma linha, o Microdigital TK-85, que, além de alguns poucos novos recursos técnicos como a memória RAM ampliada e a gravação/leitura em fita HIGH SPEED, tinha de mais visível a adoção de um novo formato de gabinete e de teclado, “fortemente inspirados” nos usados pelo modelo Sinclair ZX Spectrum, lançado no ano anterior lá na Terra dos Anglos.

Este upgrade no design, especialmente no teclado, muito provavelmente se deu em função do lançamento, no final do ano anterior, do modelo concorrente Prológica CP-200, com um gabinete mais “pomposo” e com ar “profissional”.

E a Microdigital não queria ficar para trás, com o terrível tecladinho de membrana do Microdigital TK-82C.

Considerando as limitações tecnológicas que impediam o acesso da empresa ao Circuito Integrado customizado utilizado no modelo original Inglês (ULA), o Microdigital TK-85 (assim como o TK-82C) contava com “artifícios” de projeto para contornar o problema, recriando este chip por meio de diversos componentes eletrônicos discretos.

microcomputador Microdigital TK-85 2
Placa mãe

O “possante” contava com um microprocessador Zilog Z-80 operando a 3,25MHz, 16KB de memória RAM (versão 48KB também anunciada), 10KB de memória ROM, um novo teclado tipo “chiclete” com 40 teclas de borracha, porta de expansão traseira, além de conectores para gravador K7, joystick, TV e alimentação.

O projeto de sua placa previa ainda a instalação de um chip de áudio General Instrument AY-3-8912, mas que não vinha de série, devendo ser instalado pelo usuário.

A estratégia de várias empresas brasileiras desta mesma época (suportada pela reserva de mercado) de criar ”clones” de computadores estrangeiros de sucesso, trazia grandes vantagens tanto para os fabricantes, que não gastavam energia produzindo softwares próprios, quanto para usuários, que se aproveitavam da gigantesca biblioteca já existente.

microcomputador Microdigital TK-85 4
Anúncios da época

Apesar disso, a “picada” aberta pelos seus antecessores estimulou muitos brasileiros a produzirem novos softwares nacionais para o micrinho, incrementando a disponibilidade de jogos e aplicativos.

Isso podia ser constatado pelo grande número de anúncios publicados nas revistas especializadas da época, como a Micro Sistemas e a Micro Mundo.

Um computador que, sem dúvidas, marcou a história da informática do país nos anos 80, vendendo milhares de unidades e se tornando um dos exemplares fabricados aqui mais reconhecidos, amados e lembrados de todos os tempos. ⌨💗

Tendo sido o primeiro contato com um computador para muitos jovens da década de 80, foi o responsável por despertar o interesse tecnológico em muitos desses, muito possivelmente “criando” uma grande legião de novos profissionais de informática.

Sobre a data do seu início efetivo de comercialização, algumas das fontes consultadas informam que isso teria ocorrido apenas 2 meses depois, em maio de 1983.

No mesmo ano, a fabricante inglesa Sinclair Research processaria, aqui no Brasil, a Microdigital, alegando que esta empresa estaria violando seus direitos de propriedade intelectual ao copiar seus produtos. A incipiente legislação brasileira da época acerca do tema, levaria a justiça a decidir em favor da Microdigital.

Íntegra do original do Manual de programação BASIC do Microdigital TK-85:

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microcomputador Microdigital TK-85 5
Um TK-85 virtual no MCCEmu

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O TK-85
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2 comentários

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  1. Eu tive sim 2 tk85 de segunda mao no ano de 90, em 92 troquei pelo MSX, pois o BASIC eu aprendi no TK, um dos meus TK, eu deixava meus primos e irmao usar, o outro era so meu(por isso tive 2)
    com o MSX 1.0 fiz a mesma coisa. Hoje uso GNU/Linux e programo em shell script, mas o TK85 nao sai da cabeca.
    uma pergunta, porque voces nao um emulador para Linux???