Concebido originalmente como um projeto de pesquisa dentro da Telenor, a principal empresa de telecomunicações da Noruega, o navegador Opera (inicialmente chamado de MultiTorg Opera) teve seu desenvolvimento iniciado no ano anterior, pelas mãos dos programadores Jon Stephenson von Tetzchner e Geir Ivarsøy, então funcionários da empresa.

Percebendo o potencial do software, especialmente em função do sucesso que o navegador Netscape vinha obtendo (que tinha acabado se ser lançado), von Tetzchner e Ivarsøy decidiriam transformá-lo em um produto comercial, fundando em 1995 a empresa Opera Software, que passaria a ser a responsável pelo seu desenvolvimento.

navegador Opera 2 — Sua primeira versão já permitia acessar várias paginas simultaneamente

Com uma primeira versão lançada no dia de hoje, utilizada apenas internamente, o Opera rapidamente chamaria atenção por seu design compacto e eficiente, voltado para usuários que buscavam uma experiência de navegação rápida, mesmo em conexões lentas.

Nos anos que se seguiriam, o navegador Opera se destacaria por trazer inúmeras inovações como bloqueio de pop-ups, suporte a múltiplas abas, reabertura de páginas fechadas recentemente, pesquisa direta na barra de endereços, modo de navegação privada, gerenciador de download e navegação por guias, novidades estas que, mais tarde, seriam ~~copiadas~~ adotadas por outros navegadores populares, como o Google Chrome, o Mozilla Firefox e o Internet Explorer.

Dentre todas essas, talvez uma das mais importantes contribuições do navegador tenha sido a introdução de “abas” de navegação (tabbed browsing), um recurso hoje essencial em qualquer navegador.

Sua primeira versão pública, o Opera 2.10 para Windows, chegaria em 9 de dezembro de 1996, apresentando, dentre outros, recursos de zoom de página, salvamento de sessões, suporte a frames e suporte ao HTML 3.0 (reforçando seu compromisso de seguir aos padrões do World Wide Web Consortium – W3C).

A empresa investiria também em soluções para acelerar a navegação em conexões lentas ou eu dispositivos de baixa capacidade de processamento, como os dispositivos móveis da época, criado a revolucionária funcionalidade conhecida como “modo turbo“, que realizava a compressão de dados antes do seu envio, acelerando o carregamento de páginas em até 5 vezes. Este recurso se tornaria um “padrão de fato” na quase totalidade dos navegadores destinados à dispositivos portáteis.

Em 2005, uma grande mudança chegaria ao navegador. Até então, o navegador Opera obtinha sua receita da venda de licenças e da veiculação de anúncios na tela do software. Isso mudaria com o lançamento do Opera 8.5 em 20 de setembro de 2005, que removia totalmente os anúncios e transformava o programa em gratuito.

navegador Opera 4 — Opera 8.5: agora totalmente gratuito e sem anúncios

O Opera passaria por outra transformação significativa em 12 de fevereiro de 2013, quando abandonaria seu motor de renderização “Presto” (desenvolvido pela própria empresa) e adotaria o “WebKit” (atual Blink), o mesmo utilizado pelo Google Chrome (projeto Chromium). Esta mudança seria descrita por especialistas como um “dia triste para a web“

A alegação foi de que modificação tornaria o Opera mais compatível com os padrões modernos da web, melhorando sua integração com tecnologias populares.

O navegador continuaria inovando, passando a incluir um bloqueador de anúncios nativo, um serviço de VPN gratuito embutido, suporte ao Google Chromecast, carteira de criptomoedas e integração com serviços de mensagens, como Messenger, WhatsApp e Telegram.

navegador Opera 5 — Funcionalidades como VPN e mensagens instantâneas foram integradas ao navegador.

Mesmo com todas essas inovações, o navegador Opera enfrentaria dificuldades para competir com gigantes como Internet Explorer, Firefox e, posteriormente, Google Chrome. Isso se deve, em parte, pela adoção do modelo inicial de negócios baseado em assinaturas e publicidade, o que teria limitado sua adoção em massa, cenário que sofreria poucas mudanças quando de sua transformação em gratuito em 2005

Mas apesar de nunca ter alcançado grande participação no mercado, o Opera se consolidaria como uma alternativa ágil, segura e repleta de recursos inovadores, concebendo muitas das “novidades” que hoje consideramos padrão nos navegadores modernos.

Atualmente, o navegador Opera continua sendo uma opção forte para quem busca velocidade, segurança e funcionalidades avançadas. Sua versão Opera GX, lançada em 21 de maio de 2019, vem fazendo especial sucesso entre a comunidade Gamer, oferecendo diversas soluções focadas nos usuários deste segmento.

navegador Opera 6 — Opera GX: público gamer

E você, usou alguma das versões do navegador Opera? Qual foi a funcionalidade mais surpreendente na sua opinião?

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Vídeo(s):

*legendas disponíveis nos controles do Youtube, na opção “⚙ >> Legendas/CC >> Traduzir automaticamente”.

Evolução do Opera ao longo dos anos – parte 1

Evolução do Opera ao longo dos anos – parte 2

Versão 2.0 do Opera

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*As imagens utilizadas nesta postagem são meramente ilustrativas e foram obtidas da internet.

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