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Em 16 de agosto de 1995, a gigante do software Microsoft lançava seu navegador Microsoft Internet Explorer.

Esta história começaria no ano anterior, quando a equipe de desenvolvimento de sistemas da Microsoft recebeu a demanda para criar um navegador de Internet para o projeto de seu novo sistema operacional, codinome “Chigago”, e que viria a se tornar o Windows 95.

Para tanto, no final 1994, a Microsoft entraria em acordo com empresa Spyglass, licenciando a versão do navegador desenvolvido por ela, baseado no NCSA Mosaic de 1993.

A questão é que a empresa de Bill Gates estava atrasada neste “movimento” da Internet, dado que Gates não conseguia se convencer de como poderia “capitalizar” na nova rede mundial.

Mas algo mudaria em sua percepção, com a publicação, em 26 de maio de 1995, do histórico memorando de nove páginas intitulado “O Maremoto da Internet” (The Internet Tidal Wave), escrito por Gates.

Nele, o presidente da Microsoft, com a opinião mudada sabe lá por quem, declarava que a Internet era a maior inovação desde a invenção do PC e atribuía a ela “o maior grau de importância” dentro da Microsoft.

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A “cara” da primeira versão, o Microsoft Internet Explorer 1.0

E assim, a partir do código licenciado junto à Spyglass e com este novo foco na grande rede de computadores, buscaria competir com o Netscape Navigator desenvolvendo a a primeira versão do seu próprio navegador web, lançada em 16 de agosto de 1995, batizando-o como Microsoft Internet Explorer.

Popularmente conhecido como IE, foi distribuído originalmente como um dos componentes (o Internet Jumpstart Kit) do ”Microsoft Plus!”, um pacote de expansão para o Windows 95.

Tratava-se de uma primeira versão extremamente “enxuta”, sendo capaz de lidar apenas com código HTML básico, suportando exclusivamente o novo sistema operacional Windows 95 da Microsoft.

Nos meses seguintes, a Microsoft aprimoraria internamente o navegador, acrescentando funcionalidades básicas para renderização de tabelas HTML, produzindo a nova versão Microsoft Internet Explorer 1.5, incluída gratuitamente em seu sistema operacional Windows NT.

Mas embora o acordo com a Spyglass envolvesse o pagamento de royalties periódicos e uma fatia dos lucros, a “gratuidade” da nova versão dava à Microsoft (no seu entendimento) o direito de não pagar nada à Spyglass.

Isso, claro, resultaria em uma ação judicial movida pela Spyglass, que terminaria em um acordo de US$ 8milhões em 22 de janeiro de 1997.

navegador Microsoft Internet Explorer 3
Microsoft Internet Explorer 2.0

No mesmo ano, em 22 de novembro de 1995, seria apresentada a nova versão Microsoft Internet Explorer 2.0, agora com suporte aos sistemas Windows 95 e Windows NT e acrescentando muitos novos recursos, que incluíam suporte JavaScript, HTML 3.0, cookies, frames, VRML, SSL, entre outros. Esta versão seria ainda disponibilizada para os sistemas Mac OS da Apple e Windows 3.1 em 23 de abril de 1996.

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Microsoft Internet Explorer 3.0

A versão Microsoft Internet Explorer 3.0 desembarcaria em 13 de agosto de 1996, trazendo suporte à Cascading Style Sheets (CSS), controles ActiveX, Java Applets, além dos aplicativos “Internet Mail and News” (correio eletrônico e newsgroups), NetMeeting (conferência), entre outras funcionalidades.

Mas talvez a maior das mudanças desta versão tenha sido a sua “assimilação” (conforme diriam os Borgs de Star Trek Nova Geração) pela versão do sistema Windows 95 OSR, criando uma integração profunda com o sistema operacional, ao mesmo tempo que tornava o IE imediata, gratuita e amplamente disponível para milhões de usuários de PCs.

Isto numa época em que seus concorrentes (Netscape e Opera) precisavam ser comprados ou baixados por meio das “lentas” conexões discadas, o que desequilibrava profundamente o jogo a favor da Microsoft.

Até esta altura, o Microsoft Internet Explorer era “mais um” no oceano de navegadores Web para Windows e Macintosh, com a Microsoft e a Netscape competindo em novos recursos, estabelecendo aquela que ficaria conhecida como a “Guerra dos Navegadores“.

Esta intrínseca associação entre o navegador e o sistema operacional viraria o jogo, fazendo com que, nos anos que se seguiram, o Internet Explorer ultrapassasse o Netscape Navigator em número de usuários, vindo a se tornar o navegador mais utilizado do mundo, liderança que duraria por muitos anos.

Por outro lado, esta decisão faria com que, em 1998, o Departamento de Justiça Americano e mais 20 outros estados, iniciassem processo judicial antitruste contra a Microsoft por concorrência desleal.

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Microsoft Internet Explorer 4.0

O Microsoft Internet Explorer 4.0, lançado em 30 de setembro de 1997, ampliava a integração com os sistemas Windows 95, Windows 98 e Windows NT,, “webizando” o gerenciador de arquivos e a própria área de trabalho, com o recurso Active Desktop.

Substituiu ainda o Internet Mail and News pelo Outlook Express, uma versão freeware do Microsoft Office Outlook, bem como incluiu o Microsoft Chat e um NetMeeting aprimorado.

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Microsoft Internet Explorer 5.0

O Microsoft Internet Explorer 5.0, lançado em 18 de março de 1999, expandiu os recursos de web design e permitiu maior personalização.

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Microsoft Internet Explorer 6.0

 O Microsoft Internet Explorer 6.0, última versão a utilizar este nome, foi lançado em 27 de agosto de 2001, tendo sido projetado para funcionar com o sistema operacional Windows XP, apresentando mais opções de privacidade e segurança. Algumas referências também mencionam o dia 24 de agosto de 2001 como sendo a data do seu lançamento.

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O rebatizado Windows Internet Explorer 7.0

Em 18 de outubro de 2006 chegava a nova versão rebatizada como Windows Internet Explorer 7.0, compatível com o Sistema operacional Windows Vista.

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Windows Internet Explorer 8.0

O Windows Internet Explorer 8.0, lançado em 19 de março de 2009, adicionava mais suporte para recursos da Web 2.0.

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Windows Internet Explorer 9.0

O Windows Internet Explorer 9.0 foi lançado em 14 de março de 2011, apresentando maior velocidade e conformidade com os padrões para vídeo e áudio da HyperText Markup Language versão 5 (HTML5).

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Windows Internet Explorer 10.0

No ano seguinte, em 26 de outubro de 2012, o Internet Explorer 10.0, novamente rebatizado, que, dentre outras novidades, trazia: alta velocidade no carregamento de páginas da web (graças a um melhor aproveitamento dos recursos do hardware e do software); adaptação para uso em dispositivos de toque, com gestos intuitivos e suporte a multitoque; navegação em tela cheia com ocultação automática de controles, proporcionando uma experiência mais imersiva e focada no conteúdo; maior proteção e privacidade na navegação, graças à tecnologia SmartScreen, que bloqueia sites maliciosos e rastreadores online; diferentes formas de organizar os links de Favoritos, com possibilidade de fixar sites na Barra de Tarefas ou na Tela Inicial do Windows 8; suporte aprimorado aos padrões web, como HTML5, CSS3 e JavaScript, que permitem criar sites mais interativos e compatíveis.

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O novo Internet Explorer 11

O último suspiro no navegador chegaria com o Internet Explorer 11.0, lançado em 17 de outubro de 2013, juntamente com uma atualização do sistema Windows 8.1.

Tratava-se da última versão do histórico IE, melhorando significativamente sua performance, acrescentando recursos para telas sensíveis ao toque, como as de smartphones e tablets, suporte Suporte ao WebGL, uma tecnologia que permite renderizar gráficos 3D na web, tornando o navegador mais rápido e eficiente; abas permanentes, permitindo visualizar todas as abas abertas ao mesmo tempo e alternar entre elas facilmente; abas infinitas, possibilitando abrir até 100 abas simultaneamente sem comprometer o desempenho do computador; sincronização de configurações, favoritos, senhas e histórico entre diferentes dispositivos via sistema SkyDrive; reprodução de vídeos em alta definição sem a necessidade de plugins externos (graças à integração com o HTML5); múltiplas janelas de navegação, que permitem dividir a tela em duas partes e navegar em dois sites ao mesmo tempo, dentre outras novas funcionalidades.

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Microsoft Edge, o sucessor.

Em 29 de julho de 2015 chegava o novo navegador Microsoft Edge, que substituiria gradativamente o Internet Explorer como navegador “preferido” da empresa.

Um novo passo para a extinção do Internet Explorer seria dado em 12 de janeiro de 2016, com o anúncio de que a Microsoft descontinuaria o suporte técnico ativo a todas as outras versões do Internet Explorer, exceto o Internet Explorer 11.0.

Ao longo de sua existência, o Internet Explorer enfrentaria inúmeras críticas relacionadas à questões de segurança, tendo em vista o surgimento de várias vulnerabilidades que possibilitariam ataques de malware e que causariam problemas de privacidade para os usuários.

Outra crítica comumente associada ao IE foi o fato dele nem sempre seguir os “padrões” da web, muitas vezes ocasionando problemas de compatibilidade com diversos sites, despertado a fúria e a frustração nos desenvolvedores web.

Problemas como estes fizeram com que os concorrentes, como o Mozilla Firefox e o Google Chrome, gradualmente ganhassem participação de mercado, na medida que ofereciam recursos aprimorados, maior aderência aos padrões e maior segurança.

A Microsoft encerraria oficialmente o suporte para o Internet Explorer 11.0 em 15 de junho de 2022, anunciando que o navegador seria automaticamente desativado em uma atualização futura do sistema Windows.

Esta promessa de “remoção” automática do Internet Explorer dos computadores, agendada para 13 de junho de 2023, acabaria não se cumprindo, em função da desaprovação manifesta de diversas corporações acerca desta ação.

Fato é que a estratégia da Microsoft de vincular profundamente o IE aos sistemas operacionais e aplicativos da empresa, fez com que ele estivesse por aí até hoje… Escondidinho em muitos sistemas por questões de compatibilidade com antigas aplicações… Seja sob a forma do programa original, ou escamoteado sob o “Modo de Compatibilidade do Internet Explorer” presente no navegador Microsoft Edge.

Resta saber quantos anos mais serão necessários para desatar definitivamente estas amarras. 🙂


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Vídeo(s):

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Evolução do Internet Explorer
A guerra dos navegadores (1993-2022)
Mais em:



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