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Em 15 de abril de 1994, a empresa de tecnologia Acorn Computers lançava o microcomputador Acorn RISC PC, baseado nos microprocessadores da arquitetura ARM e sucessor do seu modelo Acorn Archimedes.

Desenvolvido pela empresa britânica Acorn Computers Ltd, que já havia criado projetos de computadores pessoais de sucesso como o Acorn BBC Micro e Acorn Electron, o microcomputador Acorn RISC PC foi um dos primeiros computadores pessoais a adotar como “cérebro” um processador da arquitetura ARM, também criado por ela em 1985 e amplamente utilizado em dispositivos móveis na atualidade.

microcomputador Acorn RISC PC 2
Vista traseira

Concebido como a sucessor do modelo Acorn Archimedes (também baseado no processador ARM), o Acorn RISC PC buscava oferecer maior desempenho e melhor eficiência energética em comparação com as arquiteturas de processadores CISC, comumente utilizados nos computadores tipo “PC” da época.

Seu modelo original Acorn Risc PC 600, lançado no dia de hoje, contava com um microprocessador de 32bits ARM 610 operando à velocidade de 30MHz, memória RAM de até 256MB, controlador de vídeo VIDC20 com memória dedicada de até 2MB e 16 milhões de cores, sistema de som de 8 canais digitais, além de slots de expansão para módulos “Podule” e conexões para teclado padrão IBM PC/AT e mouse.

microcomputador Acorn RISC PC 4
Placa principal

Uma de suas características destacadas era o inovador design do gabinete, concebido pelo designer Allen Boothroyd, com chassis adicionais (conhecidos como “slices”), que podiam ser “empilhados” uns sobre os outros, expandindo seu espaço interno e, consequentemente, a altura da máquina.

Esta arquitetura modular permitia que até seis “slices” adicionais pudessem ser empilhados, cada um deles contendo unidades de disco adicionais, periféricos e cartões de expansão (conhecidos como “podules”), dando a ele uma flexibilidade adequada à uma grande variedade de aplicações profissionais e/ou domésticas.

Além do processador, sua arquitetura interna também fugia do status quo. Isso porque, enquanto a indústria de clones IBM da época já estava padronizada em torno do barramento PCI (e ainda o antigo ISA), a Acorn optou por sua própria implementação de barramento, que não era compatível com nada, exigindo placas de expansão desenvolvidas exclusivamente para ele.

microcomputador Acorn RISC PC 3
Empilhando os “slices”

Se servia como “consolo” ao usuário, suas unidades de armazenamento interno adotavam os padrões de mercado IDE ou SCSI, os mesmos utilizados nos computadores tipo PC da época, facilitando os upgrades.

Com o rápido avanço da tecnologia, em apenas dois anos já seria possível instalar no Acorn RISC PC um processador DEC StrongARM de 233Mhz, ampliando sua performance em até 8 vezes!

Mas a empresa pagaria um preço caro pela escolha do barramento proprietário, visto que o barramento PCI tinha performance vinte vezes superior. Este fato impactaria substancialmente na performance total do sistema na medida em que os processadores se tornaram mais rápidos, com o barramento do Acorn RISC PC passando a se tornar um gargalo do sistema.

Outra de suas características notáveis era que, diferentemente da maioria dos computadores IBM PC compatíveis da época, o Acorn Risc PC havia sido projetado para suportar múltiplos processadores adicionais (como um recurso padrão), com CPUs secundárias, ou “convidadas” que podiam ser de uma arquitetura completamente diferente, como os Intel 486 e IBM 5×86.

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Placa com CPU adicional i486-DX4

Assim, era possível adicionar a ele uma CPU Intel x86 compatível, possibilitando o uso de sistemas operacionais amplamente utilizados, como o MS-DOS e o Windows 95.

Fato curioso é que estes sistemas operacionais “alternativos” rodavam simultaneamente com seu sistema RISC OS (dentro de uma janela), com aplicativos de ambos sendo executados ao mesmo tempo (e compartilhando dados entre si), da mesma forma como ocorre com as “máquinas virtuais” na atualidade. Algo que parece natural hoje em dia, mas uma inovação para a época.

Falando agora do seu software, seu sistema operacional RISC OS, também desenvolvido pela empresa em 1987 para o computador Acorn Achimedes, consistia em um sistema com interface gráfica de usuário (GUI) baseada em janelas, capaz de executar múltiplas operações simultâneas, adotando a modalidade de multitarefa cooperativa.

microcomputador Acorn RISC PC 5
O sistema operacional RISC OS

Com a incomum característica de vir de fábrica armazenado em memória ROM, o que permitia um tempo de inicialização relativamente curto, o sistema operacional RISC OS ganhava agora uma nova versão RISC OS 3.5, criada quando do lançamento do Acorn Risc PC, sendo a primeira a requerer uma unidade de disco rígido.

O RISC OS oferecia uma interface gráfica única e intuitiva, juntamente com um bom conjunto de aplicativos e ferramentas, fazendo dele uma boa escolha para os usuários que valorizavam a eficiência e a facilidade de uso, tendo sido muito utilizado por músicos e emissoras de TV.

Contudo, apesar de sua inovação e desempenho, o Acorn RISC PC não conseguiu alcançar o mesmo sucesso comercial que alguns de seus concorrentes baseados em arquiteturas x86, como os computadores IBM PC e compatíveis, fazendo com que a Acorn interrompesse sua produção própria em 1998, quando da reestruturação da empresa.

Mas ele não morreria aí. Sua fabricação continuaria ocorrendo pelas mãos da empresa Castle Technology, que manteria seu desenvolvimento até o ano de 2003, quando o modelo seria então definitivamente descontinuado.

Para conhecer ou relembrar:

Abaixo, a integra do manual técnico do Acorn RISC PC.

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