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Em junho de 1983, a brasileira Prológica lançava o computador Prológica CP-300, seu novo clone do TRS-80.

A Prológica Indústria e Comércio de Microcomputadores foi uma empresa brasileira com sede em São Paulo, fundada em 1976 pelo francês Joseph Blumenfeld e pelo italiano Leonardo Bellonzi (dono da loja FILCRES), vindo a se tornar, nos anos 80, um dos maiores fabricantes nacionais de computadores.

Tendo produzido uma grande linha de equipamentos ao longo de sua existência, teve como principais produtos os computadores da família “CP” (de Computador Pessoal), composta por clones “abrasileirados” dos microcomputadores Sinclair ZX-81, TRS-80 e TRS Color, batizados como Prológica CP-200, Prológica CP-500 e Prológica CP-400, respectivamente.

microcomputador Prológica CP-300 2
Vistas lateral e traseira

Num movimento governamental que intencionava proteger e estimular a indústria nacional (iniciado ainda nos anos 70), e que impedia (ou dificultava muito) a importação de equipamentos como este, muitas empresas brasileiras especializaram-se na criação de “clones” de computadores de sucesso do exterior.

E o Prológica CP-300 foi um desses exemplos. Um computador pessoal que teve o projeto “inspirado” no equipamento norte-americano TRS-80 model III, criado por lá pela Tandy Corporation e comercializado pela sua subsidiária RadioShack.

Funcionalmente idêntico ao seu modelo “maior”, o Prológica CP-500, o Prológica CP-300 era uma versão “compacta” (e consequentemente mais barata) destinada ao uso doméstico, não dispondo nem do monitor nem das unidades de disquete integradas do seu antecessor.

microcomputador Prológica CP-300 3
Placa principal

Contava com um processador Zilog Z-80 rodando a 2,0MHz, 48KB de memória RAM (com expansão de 16KB prometida), 16KB de memória ROM, um teclado tipo “tic-tac” de 54 teclas, além de portas externas para conexão de TV/Monitor, gravador K7 e expansão (traseira).

Unidades de disco podiam ser adicionadas ao computador por meio de um acessório externo, a controladora Prológica SM-300. Um monitor também estava disponível, identificado pelo modelo Prológica MV-300. Com estes dois itens, vendidos separadamente, o Prológica CP-300 se equiparava ao modelo CP-500.

microcomputador Prológica CP-300 4
Anúncios da época

Esta estratégia de fazer “cópias” de computadores já populares em outras bandas facilitava muito a vida, tanto da empresa, que se eximia da necessidade de produzir softwares próprios, quanto a dos usuários, visto que a enormidade de softwares existentes lá fora podia ser utilizada também por aqui, como os famosos dBase e o WordStar.

Algumas das referências consultadas apontam também abril de 1983, durante a 29ª feira de Utilidades Domésticas (UD), como tendo sido o mês de lançamento do Prológica CP-300.

microcomputador Prológica CP-300 5
Um Prológica CP-500 virtual no MCCEmu

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Um CP-300 funcionando
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