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Em 29 de outubro de 1988, a fabricante SEGA lançava no Japão o seu vídeo game de 4ª geração SEGA MegaDrive, também conhecido como SEGA Genesis nos EUA.

Terceiro console da empresa e o primeiro de 16bits, o SEGA MegaDrive (MD) vendeu mais de 30 milhões de unidades em todo mundo, dos quais 20 milhões só nos EUA, onde só chegaria no ano seguinte, rebatizado como Genesis.

No Brasil, desembarcaria “oficialmente” só em 1990, pelas mãos da empresa de brinquedos tecnológicos TecToy.

Embora seu console anterior, o Master System, tenha feito razoável sucesso no Brasil e Europa, não conseguiu grande penetração nos mercados americano e japonês, dominados pelos consoles de 8bits NES/Famicom da Nintendo.

videogame SEGA MegaDrive Genesis 2
Outras versões

Para o desenvolvimento do SEGA MegaDrive, os projetistas buscaram criar um equipamento que fosse “excepcional”, capaz de concorrer com o que se tinha de melhor para jogos na época no segmento de 16bits: os computadores Commodore Amiga e Atari ST.

E foi por conta destes computadores que foi feita a escolha do microprocessador Motorola 68000 como “cérebro” do console, visto que ambos o tinham como CPU principal.

Sua chegada no Japão, um ano depois do lançamento do primeiro console de 4ª geração, o NEC PC Engine/TurboGrafx-16, teve uma boa recepção e um relativo sucesso inicial. Contudo, com o início da comercialização da unidade de CD para o PC Engine, as vendas começaram a desandar novamente.

Outra dificuldade era que o SEGA MegaDrive também precisava desbancar os computadores “gamers” japoneses, como o MSX2, o NEC PC-98 e o Sharp X68000, que também lutavam por uma fatia desse “bolo”.

Mas foi com o Super Famicom/Super Nintendo (SNES), o seu principal concorrente, que viria a disputar uma batalha acirrada na terra do sol nascente, com a SEGA perdendo novamente espaço para as concorrentes NEC e Nintendo.

Mas uma reviravolta aconteceria com o lançamento da versão norte-americana, o Genesis, quando a maior guerra de consoles da história se estabeleceria por lá.

Esta batalha tornaria a vida da Nintendo ainda mais difícil com o lançamento do jogo SONIC em 1991, que levaria a SEGA a deter 65% do mercado de games nos anos seguintes.

videogame SEGA MegaDrive-Genesis 3
Acessórios

Posteriormente, o MegaDrive ganharia ainda novos acessórios que ampliariam seus recursos: o Sega Power Base (para rodar cartuchos do Master System), o Sega CD/Mega-CD (para executar jogos a partir do CD), o SEGA 32X (que incrementava seu poder de processamento), dentre outros.

Nos anos seguintes, a SEGA também lançaria versões remodeladas e mais compactas do console.

Contudo, estes lançamentos não foram capazes de assegurar, por muito tempo, a vantagem da SEGA com o MegaDrive que, aliados a falhas de marketing e ao lançamento prematuro do SEGA Saturn, viram sua hegemonia simplesmente derreter, até ser definitivamente cancelado no Japão em 1995.

SEGA CD/Mega CD

Lançado em 12 de dezembro de 1991 no Japão, o SEGA CD, também conhecido como Mega-CD em algumas regiões, foi um dos primeiros grandes passos da indústria de videogames rumo ao uso de CDs como mídia de armazenamento.

Desenvolvido como um periférico para o SEGA Mega Drive/Genesis, o acessório ampliava as capacidades do console, levando a experiência de jogo a um novo patamar, diferenciando a SEGA de seus concorrentes diretos.

O uso tecnologia de CD-ROM possibilitava ao SEGA CD fornecer gráficos aprimorados, som de alta qualidade e jogos mais complexos, visto que este novo tipo de mídia permitia armazenar muito mais dados do que os cartuchos tradicionais. Com isso, desenvolvedores puderam criar experiências mais imersivas, incluindo trilhas sonoras com qualidade de CD e jogos com cutscenes em vídeo (full motion vídeo – FMV), uma novidade na época.

Apesar de contar com títulos como “Sonic CD,” “Final Fight CD” e “Night Trap”, até hoje lembrados por demonstrarem o potencial da nova tecnologia, a biblioteca do SEGA CD sofreu com escassez de títulos, não conseguindo garantir um fluxo constante de títulos de alta qualidade, o que afetaria a longevidade do interesse dos consumidores.

Muitos dos novos jogos também não utilizavam todo o potencial do novo hardware, sendo basicamente ports das versões originais de cartucho, com algumas modificações superficiais, como faixas sonoras remixadas.

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O acessório SEGA CD / MEGA CD

Além disso, o alto custo do periférico (49 800 ienes ou US$ 330), afastaria muitos consumidores. Quando chegou ao mercado norte-americano em 1992, o SEGA CD foi lançado por cerca de US$ 299, um preço considerado proibitivo para muitos jogadores da época.

Outro fator que limitou o sucesso do SEGA CD foi a concorrência acirrada que marcou a década de 90 e o avanço rápido da tecnologia. Enquanto o periférico lutava para se firmar no mercado, novas plataformas mais avançadas, como o 3DO e o PlayStation, foram lançadas, oferecendo gráficos 3D e jogos que exploravam plenamente os CDs, com a vantagem de não dependerem de um console base.

A própria SEGA também contribuiria para o declínio do SEGA CD ao anunciar o seu novo console de 32bits SEGA Saturn em 1994, deixando o periférico obsoleto em pouco tempo de existência.

Ainda assim, apesar das dificuldades comerciais, o SEGA CD é tido como um marco importante na indústria dos games, sendo um dos primeiros passos significativos no uso de mídias mais versáteis e com maior capacidade de armazenamento, que se tornariam um padrão na geração seguinte.

O SEGA 32X

Lançado em 21 de novembro de 1994, desta vez primeiro nos EUA, o SEGA 32X, também conhecido como Genesis 32X, Super 32X (スーパー32X) ou ainda Mega Drive 32X, foi um acessório para o console Sega Mega Drive/Genesis que tinha a intenção de expandir as capacidades do console original

Tentando tomar novamente a liderança tecnológica do mercado, visto a chegada dos concorrentes Atari Jaguar e do 3DO Interactive Multiplayer, somado ao modesto sucesso do acessório SEGA CD lançado em 1991, o SEGA 32X adicionava suporte a gráficos em 32 bits e um áudio melhorado, colocando-se como uma opção de transição para a nova geração dos consoles de 32 bits, até que o novo console Sega Saturn fosse lançado. Ou seja, um tapa-buraco.

O SEGA 32X contava com dois processadores de 32 bits RISC Hitachi SH-2 a 23 MHz de velocidade, o que permitia uma melhoria significativa na performance gráfica e na capacidade de processamento em comparação com o Mega Drive/Genesis original, alcançando uma resolução de até 320×240 pontos e 32.768 cores na tela.

Embora fosse compatível apenas com os cartuchos projetados para exclusivamente para ele, mantinha total compatibilidade com o console original, permitindo que videogame continuasse rodando todos os jogos antigos.

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O acessório SEGA 32X

Apesar de suas inovações, o acessório enfrentou problemas significativos. O primeiro deles foi a falta de jogos, que contou com apenas 40 títulos, que incluíam muitos criados pela própria SEGA, que não passavam de versões “melhoradas” de jogos do console original ou de seus arcades.

Outro problema foi o lançamento simultâneo com o Sega Saturn (este sim um console de 32bits completo), o que confundiu (e desestimulou) consumidores e desenvolvedores, diminuindo o interesse pelo SEGA 32X. Ou seja, a SEGA estava concorrendo com ela própria.

Isso faria ainda com que as pessoas não entendessem por que deveriam comprar um “upgrade” para o Mega Drive se o modelo de nova geração SEGA Saturn já extava disponível, o que muito nos lembra o tal “Efeito Osborne” do qual já falamos em outra oportunidade.

O SEGA 32X chegaria ao Japão em 3 de dezembro de 1994, na Europa em janeiro de 1995 e no Brasil em março de 1995, pelas mãos da Tec Toy.

Descontinuado prematuramente em 1996, com cerca de 800.000 unidades vendidas, muitas delas com enormes descontos, o SEGA 32X é frequentemente lembrado como um exemplo claro de decisão estratégica mal planejada e mal executada.


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Vídeo(s):

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Os 100 melhores jogos do MegaDrive
Review do MegaDrive/Genesis
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