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Em 01 de janeiro de 1983, o TCP/IP se tornava o protocolo padrão da ARPANET, rede precursora da Internet.

A Advanced Research Projects Agency Network – ARPANET é uma antiga rede de dados, criada em 1969 pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DARPA).

Tinha como objetivo interconectar universidades, empresas e governo norte-americanos, possibilitando que trocassem dados entre si de forma segura e confiável, sendo capaz de se manter funcionando mesmo em situações de catástrofes ou guerras.

Foi o primeiro sistema prático a implementar técnicas de comutação de pacotes, controle de fluxo e de tolerância à falhas, operando nos primeiros anos de sua existência com base no protocolo de comunicação denominado NCP (Network Control Protocol).

Após sua implantação, na medida em que o número de nós da ARPANET crescia, os pesquisadores Robert Elliot Kahn (Bob Kahn) e Vinton Gray Cerf (Vint Cerf), trabalhando para a DARPA, começaram a desenhar um novo modelo de arquitetura em um padrão aberto e que viria a ser a próxima geração da ARPANET.

TCP/IP se tornava o protocolo padrão da ARPANET 2
A rede ARPANET ao final de 1980
O nascimento do TCP/IP

Deste trabalho, que teve a colaboração de diversos pesquisadores, resultou a publicação, em maio de 1974, do artigo A Protocol for Packet Network Intercommunication” (Um protocolo para intercomunicação de redes de pacotes), que apresentava sua proposta para uma rede de comutação e pacote, introduzindo o Transmission Control Program (TCP), sistema responsável por controlar a transmissão dos dados nesta rede.

No mesmo ano, em dezembro de 1974, a primeira Request for Comments sobre o tema, a RFC 675, era publicada por Vint Cerf, Yogen Dalal e Carl Sunshine, com o título “Specification of Internet Transmission Control Program” (Especificação do Programa de Controle de Transmissão da Internet). Surgia aí oficialmente o embrião do padrão que futuramente viria a ser tornar o onipresente TCP/IP.

Era a primeira vez na história que o termo “Internet” era utilizado.

Mas seriam necessários outros 7 anos de trabalho para que uma versão definitiva de uma proposta para o novo protocolo da ARPANET pudesse ser concluída, acomodando os diversos pedidos de revisão e sugestões recebidas.

Este trabalho seria finalmente terminado em setembro de 1981, com a publicação da versão final da especificação do protocolo, que agora contemplava duas RFCs: a RFC 791 “Internet Protocol (IP)” e a RFC 793 “Transmission Control Protocol (TCP)”.

Nascia assim a especificação que ficaria conhecida com IPv4, cuja “versão” faz alusão ao número de “versões do texto” da RFC criadas antes da aprovação da versão definitiva, não tendo existido implementações públicas das versões 1, 2 ou 3 do protocolo.

Este conjunto de protocolos passaria a ser popularmente conhecido sob a sigla TCP/IP, possibilitando o tráfego de dados em redes que operam na forma de “comutação de pacotes”, onde as informações são “fatiadas” em pequenos blocos de dados, que, embora possam seguir por trajetos totalmente distintos, conseguem reconstituir integralmente a informação original em seu destino.

Cabe assim ao protocolo TCP garantir a integridade, reordenação e reconstrução dos dados no destino e ao IP fazer com que transitem corretamente pelos equipamentos na internet, os tais “roteadores”, chegando ao destinatário desejado.

Substituindo o NCP

Com a especificação finalmente concluída, o departamento e defesa norte-americano estabeleceria este novo protocolo como “padrão” para todas as suas redes militares, sendo seguido por algumas instituições de outros países. Um plano de transição foi estabelecido por meio da RFC 801, publicada em novembro de 1981.

E assim, depois de meses de planejamento e trabalho, na data de hoje, a operação de migração do antigo protocolo NCP, até então utilizado pela ARPANET, para o novo TCP/IP era concluída, estabelecendo definitivamente as bases da Internet moderna.

Este trabalho de universalização do TCP/IP daria um importante passo em 1985, com o IAB (Internet Advisory Board, posteriormente Internet Architecture Board), promovendo seminários públicos no sentido de incentivar a adoção do protocolo por outras instituições.

Nesta altura, empresas como IBM, AT&T e DEC, três das maiores empresas de tecnologia dos EUA na época, já possuíam suas implementações proprietárias (e incompatíveis entre si) de protocolos de comunicação de rede.

Felizmente, desta ação da IAB, resultou a adoção, por grande parte das empresas, do novo protocolo, permitindo que computadores de quaisquer fabricantes pudessem passar a conversar entre si, ampliando enormemente o número de usuários e promovendo o surgimento de implementações do TCP/IP em diversos sistemas, como Mainframes, OS/2, MS-DOS e Windows.

Aqui no BRASIL o TCP/IP chegaria pelas mãos da FAPESP, com a ativação em 1991 da primeira conexão internacional sob o novo protocolo.

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Os “pais” da Internet moderna

Pelo seu magnífico trabalho, Vinton Cerf e Robert Kahn, ficariam conhecidos com os “Pais da Internet Moderna“.

Outros dois importantes participantes da especificação do TCP/IP, Carl Sunshine e e o indiano Yogen Dalal, a despeito de suas grandes contribuições na concepção do protocolo, raramente são lembrados.


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Vídeo(s):

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Vint Cerf – Repensando a Internet
Entrevista com Bob Kahn
Entrevista Yogen Dalal
Entendendo os protocolos TCP e UDP
O protocolo IP
Mais em:



*As imagens utilizadas nesta postagem são meramente ilustrativas e foram obtidas da internet.


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