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Em 06 de janeiro de 1838, o artista plástico e inventor estadunidense Samuel Finley Breese Morse realizava em Nova Jersey/EUA a primeira demonstração pública do telégrafo elétrico de um fio.

O telégrafo elétrico, cujo nome é formado pelas palavras gregas tẽle, que significa “distante” e gráphein, que significa “escrever”, é um dispositivo que se utiliza de impulsos elétricos para transmitir à distância mensagens codificadas.

Originalmente operando por meio de fios metálicos e posteriormente via ondas de rádio, foi um sistema que revolucionou a comunicação de longa distância, sendo por mais de 1 século o principal meio de transmissão de informações.

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O Samuel Morse artista plástico

Esta história começaria em 1832 quando Morse, então artista plástico, ao retornar de uma viagem pela Europa, tem a ideia para um telégrafo elétrico ao tomar conhecimento da invenção do eletroímã.

Não foi uma ideia totalmente original, diga-se de passagem, pois outros cientistas ao redor do mundo também vinham buscando suas próprias soluções para a “escrita à distância”.

Sua concepção teve, contudo, o mérito de conseguir associar a simplicidade de projeto, com a criação de um sistema de códigos que facilitava o envio e a recepção das informações.

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Componentes originais do sistema de Morse

O telégrafo concebido por ele, e pelos parceiros Alfred Vail e Leonard Gale, consistia em um sistema composto por três partes. A primeira delas caracteriza-se por um interruptor/acionador que, pela intervenção de um operador, fecha/abre um circuito elétrico na medida que é pressionado/liberado.

Estas ações geram então sinais elétricos que são transportados pelo segundo elemento do sistema, um fio condutor, que carreia os sinais até o componente final no destino, um dispositivo onde as informações são registradas em uma fita de papel sob a forma de “traços” e “pontos”.

Ou seja, diferentemente de outras propostas de telégrafo, seu sistema não dependia de um operador presente no destino, dado que a mensagem recebida ficava registrada em papel, podendo ser lida posteriormente.

Um conjunto pré-definido de traços e pontos representa as letras do alfabeto, os números e alguns sinais de pontuação. Este sistema de codificação padronizado ficaria conhecido como “Código Morse”, e receberia posteriormente uma revisão que passaria também a contemplar caracteres acentuados, o Código Morse Internacional ou Continental.

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A tabela revisada com o Código Morse Internacional

Assim, após alguns anos de muito trabalho no aperfeiçoamento de sua ideia e dos elementos do sistema, um protótipo foi construído e demonstrado publicamente na data de hoje.

A primeira mensagem comercial

Cinco anos depois da histórica demonstração, Morse conseguia, em 1843, o apoio do Congresso norte-americano para custear a implantação do primeiro sistema telegráfico dos EUA, instalado ao longo de uma ferrovia com 60km de extensão, interligando as cidades de Washington DC e Baltimore.

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Primeira mensagem de telégrafo

Com a conclusão do sistema, no ano seguinte, em 24 de maio de 1844, o primeiro telegrama oficial era transmitido pela nova linha, contendo a mensagem “What hath God wrought!” (O que Deus fez!), inaugurando a primeira linha telegráfica norte-americana e uma nova era que duraria 100 anos.

Nos anos que se seguiram, diversas empresas foram constituídas para explorar o serviço, responsáveis pela criação de inúmeras novas redes de transmissão espalhadas por todo o país e pelo mundo.

Em 1851 já eram 50 empresas em operação por lá, incluindo a “New York and Mississippi Valley Printing Telegraph Company”, que posteriormente passaria a se chamar “Western Union”.

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A primeira linha de telegrafo transcontinental norte-americana era concluída

Esta mesma empresa, em 24 de outubro de 1861, inauguraria a primeira linha de telégrafo transcontinental dos Estados Unidos da América, cruzando o país de costa a costa. No mesmo instante, extinguia por obsolescência o histórico serviço Pony Express, que demandava 10 dias de viagem a cavalo para fazer uma carta ir da Califórnia ao Missouri.

A partir daí, sistemas telegráficos começaram a ultrapassar fronteiras oceânicas, com a implantação da primeira linha cruzando o Atlântico, seguida de sistemas ligando a África, Ásia, Austrália, culminando com a primeira conexão transpacífica em 1902, conectando os EUA à Ásia.

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O primeiro cabo telegráfico transpacífico começava a ser instalado

Aqui pelo Brasil, o telégrafo desembarcaria já por volta dos anos 1850, pelas mãos do visionário monarca D. Pedro II, que nos vinte anos seguintes construiu mais de 180 estações telegráficas.

Sabendo da criação da nova conexão transatlântica, ligando os EUA ao Reino Unido, Pedro II tratou de viabilizar nosso primeiro sistema internacional, lançando inicialmente um cabo submarino do Pará à Pernambuco (cuja instalação foi realizada por ninguém menos que Sir William Thomson, o “Lord Kelvin”) e posteriormente conectando o Brasil à Portugal.

O Último Telegrama

Tendo atingido o auge de sua popularidade nas décadas de 1920 e 1930, o telégrafo foi, ao longo do século 20, gradativamente sendo substituído pelo telefone, fax e e-mail, na medida em que a tecnologia evoluía e os novos serviços se tornavam mais baratos.

Mas foi só em 27 janeiro de 2006, após 155 anos de serviços prestados, que a histórica e mais famosa empresa de telegramas do mundo, a Western Union, enviaria sua última mensagem telegráfica, extinguindo definitivamente seu serviço.

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O último telegrama

Nesta última correspondência, figurava uma melancólica e simbólica mensagem enviada por um funcionário da empresa para seu chefe. A mensagem dizia: “Stop. Stop. Stop. Adeus. Adeus. Adeus”, onde a expressão “Stop” era uma convenção usada nos telegramas para indicar o final de uma frase.

OBS: Algumas das fontes pesquisadas mencionam também o dia 11 de janeiro como data da realização da demonstração do telégrafo.

Para conhecer ou relembrar:

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E você, lembra como era receber um telegrama?

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Vídeo(s):

*legendas disponíveis nos controles do Youtube, na opção “⚙ >> Legendas/CC >> Traduzir automaticamente”.

Como funciona o Código Morse
A tragédia pessoal que levou Morse à invenção do telégrafo.
Mais em:



*As imagens utilizadas nesta postagem são meramente ilustrativas e foram obtidas da internet.


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4 comentários

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  1. Meus parabéns pela página do Museu do Computador, sobretudo pela demonstração pública do telégrafo elétrico. Estava buscando onde encontrar o circuito do aparelho telegráfico Morse, aqueles que (funcionavam também com pilhas de telefone em série). Deparei-me com essa maravilhosa página, mas ainda me restaram dúvidas, na demonstração do circuito de um fio.

  2. O código Morse jamais morrerá ,eu sou radioamador é instrutor de código Morse nas escolas públicas onde temos o primeiro jovem telegrafista classe A COM apenas 15 anos de idade, vejam no meu canal you tube é Jardel radioamador,v8va o código Morse o maior e eficiente veículo de comunicação do mundo um abraço a todo Jardel Souto .