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Em julho de 1993, a IBM anunciava sua linha de microprocessadores x86 compatíveis de 32bits IBM Blue Lightning.

A linha IBM Blue Lightning (IBM 486BL) era composta de microprocessadores de 32 bits baseado na arquitetura x86, desenvolvidos sob licença da Intel, e que tinham por origem o microprocessador IBM 486SLC (com barramento interno de 16bits como no Intel 80486SX), que por sua vez era uma versão evoluída do IBM 386SLC, baseado no Intel 80386SX (também internamente de 16 bits).

Os processadores IBM SLC haviam surgido no início da década de 90, quando a IBM, necessitando de processadores de 32 bits que aliassem baixo consumo e alto desempenho para equipar seus portáteis (como a linha ThinkPad), percebeu que dispositivos assim não estavam disponíveis no mercado.

Tratou então de licenciar junto à Intel o “núcleo” do microprocessador Intel 80386SX, criando a partir dele o IBM 386SLC, apelidado internamente na empresa de “Super Little Chip”.

microprocessador IBM Blue Lightning 486BL 2
Vista ao microscópio

A versão IBM 486SLC chegaria pouco tempo depois, tratando-se, na prática, de um núcleo base 80386, mas com a adição de suporte às instruções de programação do Intel 80486. Aquela famosa e conhecida “meia sola”. 😊

Com sua longa experiência e tecnologia avançada na fabricação de microchips, IBM conseguiu, ao mesmo tempo, adicionar ao 80386 uma memória cache interna considerável e incrementar frequências de clock a patamares muito elevados, que permitiram ao já “velho” 386 superar muitos dos “novos” 80486, mantendo ainda o consumo de energia baixo.

Construído com 1,4 milhões de transistores, a nova linha Blue Lightning (eventualmente chamada de 486DLC) tinha como diferencial a capacidade de duplicar (IBM 486BL2) ou triplicar (IBM 486BL3) a frequência de clock interna de operação, artifício também utilizado pelos concorrentes, concebido como forma de contornar as limitações tecnológicas dos circuitos das placas mãe, que impediam velocidades de operação maiores.

A grande jogada era acelerar “apenas” a frequência interna do processador, mantendo toda a comunicação externa no limite tecnológico, garantindo-se um melhor resultado na execução de instruções pela CPU, sem requerer grandes mudanças nos circuitos externos da placa.

Isso possibilitava com que as CPUs IBM 486BL pudessem ser aplicadas em modelos de placas mãe 80386 já existentes, com pouca ou nenhuma alteração, especialmente por adotarem a mesma pinagem do Intel 80386DX.

microprocessador IBM Blue Lightning 486BL 3
Variantes posteriores

Inicialmente contando com modelos (clock externo/clock interno) de 25/50 MHz, 33/66MHz e 25/75MHz, teve versões planejadas atingindo espantosos 33/100MHz!

Como nem tudo são flores, apesar de sua velocidade “turbinada”, diferentemente do concorrente Intel 80486DX, o IBM 486BL não contava com coprocessador matemático integrado, o que restringia sua utilização em aplicações que demandassem a execução de cálculos matemáticos complexos.

Contudo, como era essencialmente uma CPU 80386, um coprocessador matemático 80387 podia ser acrescentado à placa mãe para contornar o problema, o que, claro, não resultava na mesma performance de um Intel 486DX.

Sua performance era ainda incrementada pela presença de uma memória cache interna de 16KB, capacidade existente só nos concorrentes mais evoluídos.

Uma confusão de nomes seria criada a partir da parceria entre a IBM e a Cyrix na fabricação de processadores, cujas primeiras versões, embora comercializadas com a marca “Blue Lightning”, tinham na verdade um “núcleo” Cyrix (e não “BL”).

Isso fez com que o sufixo “DLC”, adotado também pela Cyrix, designasse CPUs de natureza distinta, gerando alguma confusão entre os usuários.


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