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Em 1º de junho de 1955, era fundada no Japão a empresa Nakamura Seisakusho Co, que mais tarde viria a se tornar uma das mais importantes e conhecidas fabricantes de jogos eletrônicos da história: a Namco 株式会社ナムコ.

A empresa nasceria em um Japão em plena reconstrução econômica e industrial pós Segunda Guerra Mundial, de onde se fariam surgir diversos dos seus centros urbanos modernos. Ao mesmo tempo, o entretenimento popular e a valorização do lazer como parte da vida cotidiana começava a florescer como uma alternativa à dureza da vida cotidiana, criando um ambiente fértil para o nascimento de negócios ligados à diversão pública.

Neste cenário, entra em cena Masaya Nakamura, que após fracassar na indústria naval, percebe uma oportunidade de negócio ao observar o crescimento de instalações com brinquedos mecânicos voltados ao entretenimento familiar.

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Primeiros produtos: voltados aos “pequeninos”

Nakamura, contudo, diferentemente de outras empresas já existentes no ramo de diversões mecânicas, que optavam por importar seus produtos já prontos do ocidente, decide investir na produção nacional de equipamentos, adaptando-os à cultura japonesa, evitando a dependência de importações e reduzindo custos de manutenção.

Com este objetivo, fundaria no dia de hoje, na cidade japonesa de Tóquio, a Nakamura Seisakusho Co, que começaria sua jornada como uma empresa especializada em brinquedos mecânicos, instalando-os com enorme sucesso em lojas de departamentos e locais de acesso público.

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Nolan Bushnell, Al Alcorn, Ron Gordon, Masaya Nakamura e Hideyuki Nakajima na Atari Japão, em 1976

Mas seria na década de 1970 que a empresa daria um salto histórico, quando adquiriria, em 1974, a malsucedida divisão japonesa da Atari, entrando definitivamente no mercado de games eletrônicos. Esta aquisição lhe daria direitos exclusivos para distribuição de todos os jogos Atari no Japão, o que colocaria a Nakamura Seisakusho no grupo das maiores empresas de arcades do país.

Preparando seu caminho para o mercado internacional, especialmente o norte-americano, e empresa mudaria de nome em junho de 1977, passando a se chamar Nakamura Amusement Machine Manufacturing Company (NAMCO) e fundando a subsidiária Namco America já no ano seguinte, em 1º de setembro de 1978.

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Primeiro videogame: Namco Gee Bee, uma mistura de Breakout com pinball eletrônico.

Mas o florescimento da indústria de videogames no final dos anos 70 faria Nakamura apostar suas fichas na fabricação própria, vindo a lançar seu primeiro título, o Namco Gee Bee, em outubro de 1978.

Mas seria em 1979 que a Namco alcaçaria o sucesso com o lançamento do lendário jogo Galaxian, um colorido jogo espacial de tiro (criado por Kazunori Sawano em apenas 6 meses) que rivalizaria com Space Invaders e atingiria o segundo lugar em faturamento, tanto no Japão quanto nos EUA, onde seria lançado no ano seguinte, em 2 de fevereiro de 1980.

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Galaxian: o primeiro mega sucesso

No ano seguinte, em 22 de maio de 1980, a Namco se consolidaria definitivamente como uma das principais fabricantes de jogos do mundo, transformando-se em uma referência global, lançando aquele que, possivelmente, é o videogame mais icônico, longevo, reconhecido e jogado de todos os tempos: Pac-Man.

Criado por Toru Iwatani, o jogo se tornaria um fenômeno cultural que transcenderia os fliperamas, tornando-se um ícone global, não apenas popularizando o conceito de personagens carismáticos em jogos eletrônicos, mas também expandindo seu público-alvo (até então predominantemente masculino), atraindo o interesse de mulheres e crianças.

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PAC-MAN: um dos jogos mais conhecidos de todos os tempos

A empresa continuaria a inovar com títulos como Rally-X (novembro de 1980) Dig Dug (20 de fevereiro de 1982), Pole Position (16 de setembro de 1982) e Xevious (fevereiro de 1983), com Pole Position revolucionando os jogos de corrida com gráficos pseudo-3D e um sistema de perseguição em terceira pessoa que se tornou referência para o gênero.

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Outros dos “hits” da empresa do início dos anos 80
A era dos consoles

Sua estreia no segmento de consoles seria, até certo ponto, tardia. Isso se deveu ao investimento anterior no fracassado computado Sord M5, que faria com que a empresa ficasse com os dois “pés atrás” com este mercado.

Mas o lançamento do Nintendo Famicom os faria repensar. Para tanto destrincharam em segredo o hardware do console (fazendo engenharia reversa), produzindo uma nova e incrível versão de Galaxian para ele.

Com o jogo em mãos, tratariam de apresentá-lo à Nintendo, deixando claro que, mesmo sem sua aprovação, a Namco fabricaria e comercializaria os cartuchos. Isso faria com que a Nintendo revisse sua rígida política de controle de lançamento de jogos, criando um sistema de licenciamento que autorizaria terceiros, como a Namco, a produzi-los.

Para a exploração deste novo mercado de jogos para consoles a Namco fundaria, em 1984, uma nova empresa, a Namcot, lançando em setembro do mesmo ano os títulos Galaxian, Pac-Man, Xevious e Mappy para o Nintendo Famicom, sucessos imediatos que venderiam espantosas 1,5 milhão de unidades de cartuchos.

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Produziria versões dos seus jogos também para o nosso querido computador MSX

Nesta mesma época, faria também sucesso portando versões dos seus clássicos do arcade para outra arquitetura bem conhecida aqui no Brasil, os computadores MSX, que aqui na terra tupiniquim foram comercializados pela Gradiente (Expert) e pela Epcom/Sharp(HotBit).

Nos anos seguintes, a Namco manteria sua ascendente de evolução e inovação tecnológica, lançando novos arcades e expandindo sua atuação nos consoles domésticos. Tornar-se-ia pioneira em tecnologias de arcade “multijogador”, de simulação de movimento e de jogos poligonais 3D com som imersivo.

Ao final da década de 80, passaria a produzir jogos para consoles de 16bits como o SEGA MegaDrive e o NEC PC Engine, muito embora o acordo com a Nintendo, renovado a contragosto de Nakamura, ainda os permitissem produzir jogos para o Famicom/NES.

Foi quando surgiriam rumores de que a empresa vinha secretamente projetando seu próprio console de videogame de 16bits, a fim de rivalizar com as concorrentes SEGA, NEC e o futuro console da Nintendo (o Super Nintendo). Contudo, considerando o risco de ser “mais um” no universo de consoles, a Namco acabou por desistir do projeto, nunca lançando o console.

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Arcades icônicos criados pela Namco nos anos 90

Na década de 1990, a Namco continuaria se destacando no segmento de arcades, com títulos como o jogo de corrida Ridge Racer, o de luta em 3D Tekken e o de tiro em 3D Time Crisis, que também ganhariam versões de sucesso para o novo console da Sony, o PlayStation, empresa com a qual firmaria uma parceria duradoura.

Estabeleceria ainda parcerias para produção de jogos para os consoles como SEGA Saturn, 3DO Interactive Multiplayer, Nintendo 64 e SEGA Dreamcast, sem, contudo, conseguir repetir os mesmos resultados comerciais que havia conseguido com o PlayStation.

O declínio

Mas a recessão japonesa do final da década de 90 faria o mercado de games encolher, gerando substanciais perdas financeiras para a Namco. Estas perdas se acumulariam ano após ano, atingindo o patamar de espantosos 95% no ano de 2001, produzindo demissões e mudanças administrativas.

Os sucessivos resultados ruins fariam a Namco procurar possíveis parceiros para uma eventual fusão, buscando desesperadamente manter-se de pé. Após tentativas frustradas de acordos com as empresas Square Co, Enix Corporation e SEGA, a Namco se fundiria finalmente, em 29 de setembro de 2005, com a também japonesa Bandai, ganhando a nova denominação Bandai Namco Holdings Inc, que passaria a ocupar a terceira posição no ranking de maiores empresas japonesas de jogos.

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A fusão com a Bandai em 2005

Desde então, continuou produzindo novos arcades e jogos para as os consoles da Microsoft, Sony e Nintendo, bem como coletâneas comemorativas com seus maiores sucessos históricos.

Tendo criado mais de 300 títulos ao longo de sua existência, a Namco deixaria uma marca indelével na história dos jogos eletrônicos. Diferenciando-se pelo equilíbrio entre inovação técnica e apelo cultural, investindo em experiências mais acessíveis e carismáticas, voltadas a públicos variados, faria de jogos como Galaga, Pac-Man, Dig Dug, Ridge Racer e Tekken ícones da cultura pop, estando presente na memória afetiva de jovens de todas as idades, dos 8 aos 80 anos. 😊


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Vídeo(s):

*legendas disponíveis nos controles do Youtube, na opção “⚙ >> Legendas/CC >> Traduzir automaticamente”.

Gee Bee, primeiro videogame
Galaxian
PacMan
Rally X
Dig Dug
Pole Position
Xevious
Ridge Racer
Tekken
Time Crisis
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*As imagens utilizadas nesta postagem são meramente ilustrativas e foram obtidas da internet.


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