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Em dezembro de 1975, Bill Gates escrevia a Carta Aberta aos Hobistas (An Open Letter to Hobbyists), alegando estar sendo vítima de pirataria no seu interpretador de linguagem BASIC.

Tudo começa com a fundação, em março de 1975, do grupo de usuários Homebrew Computer Club (HCC) , do qual participaram figuras ilustres como Steve Jobs e Steve Wozniak (da Apple), Jerry Lawson (do videogame Fairchild Channel F), Adam Osborne (do computador Osborne 1), entre muitos outros.

Bill Gates escrevia a carta aberta aos hobistas 2
Tradução para o português

O clube tinha por objetivo compartilhar informações, experiências, componentes eletrônicos e programas entre seus membros. Tudo numa época em que a cultura dos microcomputadores ainda se iniciava e a maior parte dos dispositivos era construído pelos próprios usuários no sistema faça-você-mesmo.

A empresa MITS, que havia lançado o Altair 8800 no ano anterior, vinha realizando apresentações itinerantes do seu computador para diversos grupos de hobistas e entusiastas nos EUA, inclusive no HCC.

Bill Gates escrevia a carta aberta aos hobistas 3
Um dos exemplares do Altair BASIC

Mas, numa destas apresentações do mês de junho, um dos rolos de fita perfurada contendo uma versão preliminar do Microsoft Altair BASIC sumiu misteriosamente… e no próximo encontro do HCC, uma caixa com 50 cópias do BASIC “apareceu” na reunião.

A partir de então, embora as vendas do computador continuassem crescendo, as do interpretador BASIC, que podia chegar a custar mais de US$ 300, não.

Este fato naturalmente enfureceu e motivou o cofundador da Microsoft Billl Gates a escrever esta carta-desabafo, enviando-a a vários grupos de hobistas.

Na carta, Gates externava sua enorme frustação com os usuários de computador que estavam usando seu Altair BASIC sem pagar nada.

Bill Gates escrevia a carta aberta aos hobistas 4
Anúncio da época que deixa clara a antiga “rixa” entre Apple e Microsoft

Acrescentava que esta “cópia não autorizada” era injusta e desencorajava os desenvolvedores a gastarem seu tempo, esforço e dinheiro na criação de novos softwares de qualidade.

Gates ilustra:

“O retorno que obtivemos de milhares de pessoas que estão usando o BASIC tem sido totalmente positivo.
Duas surpreendentes coisas estão aparentes, contudo:
1-A maioria desses “usuários” nunca comprou o BASIC (menos de 10% de todos proprietários do Altair compraram o BASIC) e
2-O montante de royalties que recebemos das vendas para os hobistas faz o tempo gasto com Altair BASIC valer menos que $2 a hora“

Numa época em que os softwares eram simplesmente repassados de um usuário para outro, sem se preocupar muito com quem o tinha feito, esta carta marcaria o início de uma guerra ideológica” entre o que viria a ser “software livre” e “software proprietário”, tornando a Microsoft a partir daí, perante os usuários, a “inimiga do software livre”.

Uma cópia desta carta foi publicada na edição de fevereiro de 76 da revistaComputer Notes”, tendo sido também enviada a diversos periódicos especializados da época. Leia aqui neste endereço a íntegra do original da edição da revista.

Sete anos depois, a Apple “entraria na onda” conseguindo uma das primeiras vitórias judiciais com base dos direitos de propriedade sobre o software, quando processou a empresa Franklin Computer Corp, que havia produzido alguns clones do Apple II, como o Franklin Ace 1200 e o Franklin Ace 2000.

Em 1986, uma nova decisão no histórico processo da Intel contra a NEC, definiria os marcos legais que norteariam toda a indústria de hardware e software norte-americana (e do mundo) daí em diante.


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Vídeo(s):

*legendas disponíveis nos controles do Youtube, na opção “⚙ >> Legendas/CC >> Traduzir automaticamente”.

A história da carta de Bill Gates no documentário Revolution OS
Mais em:



*As imagens utilizadas nesta postagem são meramente ilustrativas e foram obtidas da internet.


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